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Juiz rejeita pedido de fiança e criador do WikiLeaks ficará preso até 14 de dezembro

Leiam o que vai na Folha Online. Comento no post seguinte: O criador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, deve permanecer sob custódia da polícia britânica até 14 de dezembro, depois que o juiz de primeira instância do tribunal de Westminster, no centro de Londres (Reino Unido), rejeitou seu pedido de fiança. O jornalista John […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h25 - Publicado em 7 dez 2010, 15h58

Leiam o que vai na Folha Online. Comento no post seguinte:

O criador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, deve permanecer sob custódia da polícia britânica até 14 de dezembro, depois que o juiz de primeira instância do tribunal de Westminster, no centro de Londres (Reino Unido), rejeitou seu pedido de fiança. O jornalista John Pilger, o cinegrafista Ken Loach e a socialite Jemima Khan ofereceram até 20 mil libras para pagar a fiança de Assange, segundo o jornal britânico “The Guardian”. Mas o juiz Howard Riddle rejeitou a proposta, alegando ter “motivos substanciais” para acreditar que Assange não compareceria às próximas audiências. O juiz alegou ainda, segundo o “Guardian”, que o caso é muito sério para que Assange seja libertado.

Segundo o jornal britânico, quando questionado sobre seu endereço, Assange tentou dar apenas uma caixa postal. Finalmente, ele cedeu e deu um endereço na Austrália, seu país natal. Assange chegou nesta terça-feira ao tribunal e disse ao juiz que vai lutar contra sua extradição para Suécia — que emitiu uma ordem de prisão internacional contra ele por estupro e assédio sexual. Os juízes britânicos devem decidir se o mandado de prisão sueco levará à extradição do criador do site, que desde a semana passada divulgou mais de 250 mil documentos secretos do Departamento de Estado dos EUA. Assange nega todas as acusações e alega que o caso é apenas uma estratégia para desmerecer as revelações feitas por seu site.

Os advogados de Assange temem que a extradição à Suécia leve à sua extradição aos Estados Unidos, onde o WikiLeaks enfrenta investigação do Departamento de Justiça. A batalha legal, alertam, pode durar meses. Segundo a agência de notícias Associated Press, Assange foi questionado se consentiria com a extradição à Suécia. Limpando a garganta, Assange respondeu: “Eu entendo isso e não estou em consenso”. O juiz da primeira instância deve definir a data de uma audiência sobre a extradição. Isso deve ocorrer dentro de 21 dias a partir de sua detenção, nesta terça-feira. Se um juiz aprovar, sua extradição será autorizada. Ele ainda poder recorrer contra a decisão em instâncias mais elevadas.

O jornal britânico “The Guardian” afirma que Assange buscou já na manhã desta segunda-feira assistência consular à Alta Comissão australiana para tentar evitar a extradição. O canal britânico Sky afirma que membros da comissão estão dentro da corte com Assange. Ao chegar à corte, o advogado de Assange afirmou que seu cliente está “bem”. “Foi muito cordial. Comprovaram sua identidade. Estão satisfeitos que seja o verdadeiro Assange e estamos prontos para comparecer no tribunal”, disse Mark Stephens, cercado de jornalistas. Assange, por sua vez, foi visto apenas pela janela do carro e não deu declarações.

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Ele foi detido ao se apresentar à polícia de Londres, às 9h30 (7h30 em Brasília) desta terça-feira, em cumprimento da segunda ordem de prisão das autoridades suecas por suspeita de estupro e assédio sexual. “Agentes da unidade de extradições da polícia metropolitana prenderam nesta manhã Julian Assange em nome das autoridades suecas”, informa a polícia em seu comunicado.

A polícia detalhou ainda, pela primeira vez as acusações contra Assange das autoridades suecas –uma acusação de coerção ilegal, duas acusações de assédio sexual e uma de estupro, todas elas supostamente cometidas em 20 de agosto.

PRISÃO
A primeira versão da ordem de prisão sueca foi emitida em 18 de novembro, com o objetivo de interrogá-lo por “suspeitas razoáveis de estupro, agressão sexual e coerção” no caso.Sem sucesso, a Promotoria sueca pediu o alerta internacional da Interpol para a prisão de Assange, declarado em 30 de novembro. Na época, o advogado Stephens disse que as autoridades suecas rejeitaram diversas ofertas para conversar com Assangee.

Segundo a imprensa britânica, as autoridades não puderam detê-lo na semana passada devido a um erro no primeiro mandado. Assange enfrenta acusações de estupro e assédio sexual, mas a primeira versão do mandado incluiria apenas a sentença máxima para o mais grave dos crimes. As autoridades britânicas exigem que a pena máxima seja descrita para todos os crimes alegados. A Suécia emitiu na sexta-feira passada (3) um novo documento, com uma informação que faltava, e que foi entregue ao Reino Unido. O novo mandado permitiu a prisão de Assange.

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CASO
Segundo a Justiça sueca, ele cometeu estupro, assédio sexual e coerção ilegal contra duas mulheres. Os argumentos usados pela promotoria não estão claros, mas a prática de sexo desprotegido pode ser considerada uma categoria leve de estupro na Suécia. Assange manteve relações sexuais com duas mulheres, em datas distintas, enquanto dava palestras em Estocolmo. Assange afirma que as relações foram consensuais. Segundo depoimentos das vítimas, o preservativo estourou com uma delas e com a outra Assange teria se recusado a usá-lo. A defesa de Assange alega que a ação da Suécia é uma retaliação em relação a vazamentos divulgados pelo WikiLeaks sobre o país.

Em um imbróglio judicial, a Justiça sueca chegou a reabrir a investigação sobre a acusação de estupro. A decisão reverte sentença da procuradora-geral em Estocolmo, Eva Finné, que fechou o caso de estupro pro falta de indícios, mantendo apenas uma denúncia, por outra vítima, de assédio sexual. Finné, por sua vez, havia revertido a decisão de uma instância inferior de investigar a denúncia. O caso chegou a render uma ordem de prisão contra Assange no dia 21 de agosto, retirada pouco depois. Assange nega as acusações e diz que as denúncias são uma tática do Pentágono para desmerecer seu site.

Há uma semana, a promotora federal, Marianne Ny, voltou a emitir uma ordem de detenção de Assange, que acabou escalada no alerta vermelho da Interpol. Caso seja condenado, Assange pode receber sentença de até quatro anos de prisão. O WikiLeaks, que despertou a fúria de Washington com suas publicações, prometeu continuar com a divulgação dos 250 mil documentos secretos obtidos. “A ação de hoje contra o nosso editor-chefe Julian Assange não afetará as nossas operações: vamos divulgar normalmente mais documentos esta noite”, disse o WikiLeaks em sua página no Twitter.

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