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Gilmar Mendes, conspirações portuguesas e a bioquímica dos xucros

Mais algumas considerações sobre a militância obscurantista dos que não se conformam em viver num regime democrático e querem ditadura

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 23 abr 2017, 20h59 - Publicado em 23 abr 2017, 18h14

Vejam estas fotos. Volto em seguida.

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A extrema direita, como se sabe, é incompatível com a democracia, a exemplo da extrema esquerda. Ambas participam do debate que o regime democrático propicia com o propósito de, chegando ao poder (se chegarem), solapar as bases do regime que as elegeram. Demonstração? A história. Aí é preciso estudar um pouco.

Sua estupidez pode contaminar, sim, os setores médios da sociedade, que tendem a ser mais pragmáticos do que ideológicos. Como não participam do poder, estes não se sentem representados, mas constituem a força motriz que garante, por exemplo, a arrecadação de impostos. Vivem, pois, a sensação permanente da espoliação.

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E aí acontece a chamada “ligação covalente”: o carbono do aminoácido do ódio se junta com o nitrogênio do aminoácido do ressentimento. E se forma, então, uma molécula nova: o peptídio do reacionarismo militante. Muitos outros aminoácidos de um grupo e de outro podem se agregar, dando origem, então, à proteína que alimenta a estupidez.

Essa bioquímica dos xucros resolveu fazer escarcéu com uma foto que registra uma conversa informal entre Gilmar Mendes, ministro do STF e presidente do TSE, e o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP). Estão no lobby do hotel Tivoli, em Lisboa, onde se hospedavam os palestrantes do “V Seminário Luso-Brasileiro de Direito”, promovido pela Escola de Direito de Brasília, do Instituto Brasiliense de Direito Público (EDB/IDP), e pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL).

Agora as fotos
Muito bem! A suposição mais influente da direita xucra é a de que Mendes e Chinaglia tramavam, num lobby de hotel, num ambiente público, onde circulavam palestrantes convidados de diversos partidos, a absolvição da chapa que elegeu Dilma. Ah, então tá.

Esse Mendes é mesmo danado! Observo aquela primeira foto. Lá está o ministro. Aquele que se vê à direita (na imagem), de gravata azul, é Marcelo Rebelo de Souza, presidente português. Nesse caso, o ministro brasileiro já articula um golpe no continente europeu.

Na sequência, vê-se Eros Grau, ex-ministro do Supremo. É um homem com convicções de esquerda, sim. Quando no tribunal, nunca se deixou levar por paixões ideológicas. Deu um voto memorável, por exemplo, contra a revisão da Lei da Anistia. Memorável e correto! Nesse caso, a direita xucra não chiou, é claro.

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E finalmente se vê a foto do ministro a tramar um golpe de direita, ao lado de João Doria (PSDB), prefeito de São Paulo, que participou do seminário. É isto: em três dias, Mendes golpeou o país com a sinistra, num conluio com Chinaglia, e com a destra, numa conspirata com Doria.

Concluo
Eu fui muito generoso quando classifiquei de “xucra” essa direita. O animal xucro tem lá a sua, como direi?, graça selvagem.

Essa direita não passa de lixo ideológico. Trata-se de uma gente inútil para a democracia. Quando o PT tinha todo o poder, não se ouvia falar dela. Ao contrário: alguns de seus mais notórios falastrões de agora estavam é ganhando uns trocos, de quatro para os “companheiros”. São mesmo uns vagabundos!

Como o PT caiu em desgraça, os imbecis se encheram de coragem. E agora atacam até as regras da convivência democrática.

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