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Ex-jornalista é indiciado por 4 crimes pela Polícia Federal

Por Carol Pires, no Estadão Online. Volto em seguida: O jornalista Amaury Ribeiro Júnior foi indiciado nesta segunda, 25, pela Polícia Federal por quatro crimes: violação de sigilo fiscal, corrupção ativa, uso de documentos falsos e por dar ou oferecer dinheiro ou vantagem à testemunha. Amaury prestou depoimento na superintendência da Polícia Federal em Brasília, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h50 - Publicado em 25 out 2010, 18h46
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  • Por Carol Pires, no Estadão Online. Volto em seguida:

    O jornalista Amaury Ribeiro Júnior foi indiciado nesta segunda, 25, pela Polícia Federal por quatro crimes: violação de sigilo fiscal, corrupção ativa, uso de documentos falsos e por dar ou oferecer dinheiro ou vantagem à testemunha. Amaury prestou depoimento na superintendência da Polícia Federal em Brasília, das 10h30 às 17h de hoje, ao delegado Hugo Uruguai, que comanda investigação sobre a violação do sigilo fiscal de vários dirigentes do PSDB e de pessoas ligadas aos tucanos, entre eles, Verônica Serra, filha do candidato à presidência da República, José Serra.

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    O jornalista é suspeito de ter encomendado e pago a terceiros pela invasão desse sigilo em computadores da Receita Federal. Amaury Júnior ratificou as informações já dadas por ele à Polícia Federal, mas silenciou diante das novas perguntas feitas hoje pelo delegado. Existem algumas dúvidas a serem esclarecidas sobre as primeiras informações prestadas pelo jornalista como, por exemplo, a fonte dos R$ 12 mil que ele teria pago ao despachante Dirceu Garcia, de São Paulo, em outubro de 2009 para a obtenção ilegal dos dados, e de R$ 5 mil que foram pagos depois como “cala-boca” para o despachante.

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    Em nota, Amaury Júnior havia negado as acusações e afirmou que “jamais pagaria pela obtenção de dados fiscais sigilosos de qualquer cidadão”. O advogado do jornalista, Adriano Bretas, disse que deve falar com a imprensa logo mais. Ele e Amaury Júnior ainda estão no prédio da Superintendência da Polícia Federal.

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    Comento
    Alguns leitores me perguntam por que chamo Amaury Ribeiro Jr. de “ex-jornalista”. Porque os crimes de que é acusado e as coisas que andou fazendo não caracterizam exatamente o trabalho de um “jornalista”. Seja lá qual for, depois que se desligou de O Estado de Minas — e talvez um pouco antes —, a sua profissão é outra. Jornalista não muda a realidade para depois retratá-la.

    Ainda que repórteres investigativos sejam levados, muitas vezes, a dialogar com criminosos para obter notícia e ainda que, freqüentemente, fiquem sabendo de falcatruas por intermédio da ala da bandidagem que não se deu bem e decide se vingar, isso é coisa muito diferente de praticar o crime, de fazer parte da cadeia criminosa, entenderam? Assim, trata-se de um ex-jornalista.

    Parece-me que o indiciamento por todos esses crimes está de acordo com o que prevê a lei e com que Amaury fez. Ok. Agora, supor que ele seja o “mandante” e parar a investigação por aí mesmo é uma das piadas da República. Por que esse rapaz seria o interessado último no resultado desses crimes? É um desrespeito à nossa inteligência.

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