Em meio a seu primeiro e mais grave teste político até agora e a 35 dias de assumir a Presidência dos EUA, o democrata Barack Obama disse que seu time não manteve “discussões impróprias” com o governador de Illinois, Rod Blagojevich, acusado de corrupção. A declaração foi feita ontem em texto do porta-voz Dan Pfeiffer.
A pedido de Obama, disse, a equipe de transição fez uma revisão de todos os seus contatos com o governador democrata em desgraça. Há um sutil recuo entre o texto de ontem e as declarações públicas dos últimos dias: antes, negava-se qualquer contato; agora, fala-se que não houve conversas impróprias, em terminologia que lembra a negativa de Bill Clinton (1993-2001) em relação à estagiária Monica Lewinsky, em 1998.
“Essa revisão reafirmou declarações públicas do presidente eleito de que ele não teve contato com o governador ou sua equipe, e que a equipe do presidente eleito não esteve envolvida em discussões impróprias com o governador ou sua equipe sobre o processo de seleção de seu sucessor como senador”, disse Pfeiffer.
Blagojevich foi acusado na semana passada de diversos atos de corrupção, entre eles a promoção de um leilão informal para preencher a vaga do presidente eleito no Senado, uma prerrogativa dele por lei. Desde sua prisão e soltura sob fiança, veio à tona pelo menos um encontro entre ele e o futuro chefe-de-gabinete de Obama, Rahm Emanuel, ocorrido antes mesmo das eleições.