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E Dunga, o coleguinha de camarote VIP que faz Dilma rir até as lágrimas, é mesmo o novo técnico da Seleção

Bem, era mesmo tudo verdade: Dunga é o novo técnico da Seleção Brasileira. Escrevi na sexta-feira o que penso a respeito. É o triunfo do atraso, da tacanhice e da melancolia ranheta. Reproduzo em azul um trecho daquele post e avanço: Olhem aqui: disciplina é, sim, muito importante. Mas é bom não confundi-la com moralismo tosco. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h27 - Publicado em 21 jul 2014, 04h05

Bem, era mesmo tudo verdade: Dunga é o novo técnico da Seleção Brasileira. Escrevi na sexta-feira o que penso a respeito. É o triunfo do atraso, da tacanhice e da melancolia ranheta. Reproduzo em azul um trecho daquele post e avanço:

Olhem aqui: disciplina é, sim, muito importante. Mas é bom não confundi-la com moralismo tosco. Recomendo mais uma vez uma reportagem da revista alemã “Der Spiegel” sobre o sucesso do futebol alemão. É o anti-Dunga. Em vez de um choque de testosterona bronca, de manual, o futebol alemão recebeu um choque de competência e planejamento. A revista até brinca, afirmando que os jogadores, hoje, são um pouco mais “feminis” do que os antigos “machos Alfa”. Em vez de um comandante esporrento, os alemães preferiram enviar seus técnicos para outros países, como Espanha, França e Itália, para ver como se jogava no resto do mundo.

Não que fosse um futebol malsucedido no mundo quando se tomou essa decisão: eles já eram tricampeões mundiais — agora são tetra. Os alemães que vocês viram no Brasil, interagindo com a população da Bahia, enviando mensagens em português aos brasileiros no Twitter, sorridentes, “moleques”… Tudo isso era parte de um planejamento também de marketing.

Dunga é a contramão da modernidade; é o atraso orgulhoso, machão e, lamento, meio abestado. Pode ganhar ou pode perder a próxima Copa. Só não conseguirá fazer o futebol avançar. Quando o atraso ganha, diga-se, em certo sentido, é pior. A propósito: depois que ele deixou a Seleção, qual é seu currículo para merecer tal galardão?

Sim, a escolha também dá conta da ruindade da CBF. Vejam que coisa: a confederação chegou a flertar com um técnico estrangeiro e acabou escolhendo… Dunga! É o triunfo da falta de rumo e da… caipirice existencial.
(…)

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Retomo
Nesse post, recupero a trajetória que levou, no passado, à ascensão e queda de Dunga. De certo modo, faz-se o mesmo agora. Neymar concedeu uma entrevista no Fantástico deste domingo. É só um garoto cuidadoso, da elite do futebol mundial, que já sabe como se faz profissionalmente esse trabalho. Não atacou Felipão, é claro! Mas também não defendeu. Reconheceu que o futebol brasileiro está atrasado. Indagado sobre o que estava errado, ele silenciou, mas deixou claro com suas não palavras: a técnica — ou, mais precisamente, os técnicos.

Foi explícito numa coisa: os jogadores eram aqueles, sim. Não havia muita variação. Então onde estava o erro? Que pergunta! A CBF é mesmo um encanto. Juntou dois ganhadores de Copa do Mundo em 2010 para ver no que dava: derrota. Juntou dois campeões de Copa do Mundo em 2014 para ver no que dava: derrota. Agora resolveu chamar um derrotado para tentar fabricar a vitória. Na enquete do programa da Globo, 85% dos que se manifestaram reprovaram a escolha.

Então vamos lá… Dunga estreia na sua nova função com um grande ativo. Não se tem notícia de que ele tenha feito alguém chorar de rir antes. Na final da Copa, no jogo entre Alemanha e Argentina, o técnico levou a nossa presidente às lágrimas ao afirmar que estava torcendo para que ninguém ganhasse. Ela achou a tirada inteligente e caiu na gargalhada.

 

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