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E AGORA A ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR GAYS

A Dinamarca legalizou a adoção de crianças por casais gays. Acho correto. “Como pode alguém que acaba de escrever o post anterior fazer essa afirmação?” Pois é… O que me interessa é o universo das escolhas individuais. A distribuição de camisinha enfraquece esse princípio da escolha. Adiante. Há o que não se pode escolher. Ninguém […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 17h59 - Publicado em 18 mar 2009, 06h53
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  • A Dinamarca legalizou a adoção de crianças por casais gays. Acho correto. “Como pode alguém que acaba de escrever o post anterior fazer essa afirmação?” Pois é… O que me interessa é o universo das escolhas individuais. A distribuição de camisinha enfraquece esse princípio da escolha. Adiante.

    Há o que não se pode escolher. Ninguém é gay porque quer. E também não pode deixar de ser gay ainda que queira. Hetero e homossexuais podem ser decentes e indecentes, morais ou imorais, promíscuos ou comportados, bons e maus pais e mães…

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    Como o segredo de aborrecer é dizer tudo, vamos lá: creio que casais heterossexuais, desde que ajustados (porque os há monstruosos, não é?) e com as devidas condições, devam ter a preferência na adoção. E a razão é simples: a criança terá certamente menos explicações a dar. Não vislumbro a possibilidade de que uma família de dois pais ou de duas mães venha a ser considerada coisa tão corriqueira quanto a do casal heterossexual.

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    Mas a possível estranheza de um casal gay, para a criança, é o menor dos problemas se a alternativa é permanecer em alguma instituição, sem afeto, sem atenção, sem cuidados. Homossexualidade “não pega”. E heterossexualidade também não — ou a esmagadora maioria dos gays não viria de lares heterossexuais.

    “Então nisso você não está coma a Igreja?” É, não estou. Até já deixei de fazer certas coisas por fidelidade à Igreja. Mas jamais deixei de dizer o que penso. Não conheço uma interdição explícita à adoção, mas não ignoro que essa família a que não me oponho é reprovada pelo Vaticano. Exponho-me à reprovação. Só peço a delicadeza que não igualem uma questão como essa ao aborto, por exemplo.

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    Note-se: crianças abandonadas, no Brasil, são um verdadeiro flagelo social. Os orfanatos estão cheios. Parece que as famílias tradicionais não têm acorrido em seu socorro em número suficiente. Não posso crer que seja um ato de amor impedir que dois homens ou duas mulheres — dotados das devidas condições psicológicas, morais e financeiras — as adotem. Nesse caso, essa é minha escolha moral. E não me parece generoso, ademais, que uma pessoa impedida de escolher a sua sexualidade também seja impedida de ser feliz ao lado de quem ama.

    Pronto! Lá vem a pancadaria!

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