A demissão do delegado Allan Turnowsky é um passo importante, sim, para que a Polícia do Rio enfrente seus fantasmas. Mas ela não pode servir para mascar outros problemas. A questão é política. Digam-me: o que o delegado Carlos de Oliveira fazia na tal subsecretaria de segurança da PREFEITURA do Rio. O prefeito é Eduardo Paes, mas o delegado estava lá por vontade de Sérgio Cabral e com a bênção de Turnowski. Isso não elide a responsabilidade de Paes, que foi quem nomeou. Por alguma razão, Oliveira era considerado “importante” no esquema de Cabral.
É isto que falta agora: fazer as conexões de natureza POLÍTICA entre a banda podre da polícia e o poder. Será que Beltrame, subordinado do governador, consegue? Se a investigação não pudesse avançar na esfera estadual, restaria a federal. O limite, nesse caso, seria a necessidade de “subir” demais na hierarquia para resolver o problema.
ANOTEM – Turnowski sempre foi um homem de Sérgio Cabral na Polícia, não de Beltrame. E o mesmo se diga de Carlos de Oliveira, o delegado preso. A imprensa pode ficar no meio do caminho ou percorrer o caminho inteiro.