Começa hoje e se estende até o dia 27, em Campos do Jordão, o seminário “O Desafio de Liderar Municípios: Visão, Política e Resultado”, promovido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), uma entidade presidida pelo empresário e escritor Luiz Felipe Dávila. Quarenta prefeitos foram convidados para o evento, que debate os seguintes temas:
– A Arte de Liderar;
– Conflitos e Negociação: Estratégia, Tática e Resultado;
– Liderança de Equipe: Como Formar e Conduzir Times na Esfera Política;
– Comunicação, Mídia e Gestão de Crise
O encontro reúne os prefeitos e outros convidados e não é aberto ao público. E por que noticiá-lo aqui? Porque se trata de uma nova e importante maneira de fazer as coisas no Brasil. O CLP convidou titulares de administrações que o centro considera virtuosas para debater políticas públicas e formação de líderes — de que o país, convenham, anda carente. O CLP é uma entidade privada, apartidária e sem fins lucrativos. Os convidados não precisarão desembolsar um tostão para participar dos seminários.
Contam-se entre os palestrantes e organizadores de workshops, entre outros, o próprio Dávila, Abílio Diniz, Pedro Sicupira, Antonio Anastásia, Jaime Lerner, Pedro Parente, Mozart Neves Ramos, Leandro Piquet, Marcelo Neri, Fernando Pimentel, Marcelo Deda, Beto Richa, José Fogaça e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em agosto, o CLP trouxe ao Brasil o economista Ricardo Hausmann, diretor do Centro para o Desenvolvimento Internacional da John F. Kennedy School of Government, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Ele veio apresentar o trabalho In search of the chains that hold Brazil back (Em busca das correntes que prendem o Brasil), encomendado pela entidade brasileira. Segundo o especialista, os principais obstáculos que o desenvolvimento tem enfrentado no país são governos gastadores,que se endividam em excesso, cobram tributos demais e investem menos do que deveriam. Leia entrevista nas Páginas Amarelas, de VEJA.
Pergunto a Dávila se o CLP quer ensinar o político a fazer política. Ele me responde: “Claro que não. Tanto é que há muitos palestrantes que são políticos. Aprendemos com eles — refiro-me, naturalmente, aos que fazem uma boa administração. O que o CLP pretende é refletir sobre práticas de gestão pública, permitir a troca de experiências e debater intervenções bem-sucedidas no Brasil e no mundo”.