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Cruel, desumano, degradante

A grande “conquista” da Teologia Achada na Rua, de Lancelotti e congêneres, em São Paulo, foi a antiga Cracolância, que viveu seu apogeu na gestão de Marta Suplicy, do PT. Para quem não conhece São Paulo: tratava-se de uma região na área central da cidade que foi tomada, verdadeiramente “colonizada”, por consumidores de drogas e […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 20h02 - Publicado em 23 dez 2007, 17h35
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  • A grande “conquista” da Teologia Achada na Rua, de Lancelotti e congêneres, em São Paulo, foi a antiga Cracolância, que viveu seu apogeu na gestão de Marta Suplicy, do PT. Para quem não conhece São Paulo: tratava-se de uma região na área central da cidade que foi tomada, verdadeiramente “colonizada”, por consumidores de drogas e traficantes. Farrapos humanos ocupavam as calçadas, destruídos pelo crack. Caridosas, algumas ONGs passavam por ali, acreditem, distribuindo cachimbos grátis e folhetos ensinando como aplicar cocaína na veia “com segurança”. Tudo sob o pretexto de fazer política de redução de danos. A Prefeitura se negava, por exemplo, a lavar as calçadas porque elas eram consideradas “moradias”. A região foi tomada por bares e hotéis, todos irregulares, que serviam de base de apoio para os traficantes. Confesso a vocês que raramente assisti a cenas tão degradantes. Era o paraíso do padre e dessas ONGs só dedicadas a fazer o bem…

    Com a derrota do PT e o início da gestão Serra — depois seguida por Gilberto Kassab —, foi posto em prática um plano de revitalização do Centro. A tal “cracolândia”, na forma como existia, acabou, embora existam, sim, ainda, consumidores de drogas por ali. Bares e hotéis foram fechados. A coleta de lixo foi regularizada. As ruas estão sendo lavadas. Uma área foi desapropriada e demolida para receber empresas e prédios de moradia. Lancelotti estrilou. O parque de diversões da degradação humana, que serve ao baixo proselitismo, chegava ao fim. ONGs que vivem da proxenetagem da miséria e da violência, em companhia do padre, acusaram a prática de uma “política higienista”. Em vez de ajudar a Prefeitura a encaminhar os que não têm casa para os albergues, os valentes decidiram defender o “direito” de morar na rua, de privatizar o espaço público.

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    A revitalização daquela área central da cidade está em curso. A depender do que aconteça na cidade no ano que vem, tudo volta à estaca zero: a miséria e a degradação humanas voltarão a ser vistas como um ato de resistência, como o destino fatal dos humildes. Trata-se da mistura asquerosa do esquerdismo mais vagabundo com a Escatologia da Libertação.

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