Por Laryssa Borges, na VEJA.com:
Companheiro de viagens do ex-presidente Lula ao exterior, o ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar foi condenado nesta terça-feira pelo juiz federal Sergio Moro a 15 anos, 7 meses e 10 dias de prisão pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Alencar era um dos quadros da empreiteira mais próximos de Lula. Uma interceptação telefônica efetuada pela Polícia Federal no âmbito da 14ª fase da Lava Jato, a Erga Omnes, capturou uma conversa entre ele e o ex-presidente.
Em relatório final sobre a gravação, a PF informou a Moro que Lula falou por telefone no dia 15 de junho de 2015 com Alexandrino. Quatro dias depois do telefonema, o executivo foi preso junto com o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht. Segundo o relatório, Lula e Alexandrino estariam preocupados com “assuntos do BNDES”. A PF não grampeou Lula, que ainda não era investigado pela operação. Os investigadores monitoravam os contatos do executivo, e por isso a conversa foi gravada.