Na Folha desta terça:
O envolvimento do ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) no caso do valerioduto mineiro deve dificultar ainda mais para o governo as votações no Congresso. Walfrido, que pode ser denunciado ainda nesta semana pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, não teve força política, avaliam líderes governistas, para barrar, na última sexta, a nomeação de dois petistas para a Petrobras, por pressão de Dilma Rousseff (Casa Civil). As nomeações irritaram partidos aliados, que acusam descumprimento de um acordo pelo qual todos os cargos na estatal, uma das mais cobiçadas do setor público, sairiam como recompensa após a aprovação final da emenda que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). PP e PMDB pleiteiam diretorias da estatal. A intenção do governo de começar hoje a votar os destaques da CPMF, e assim completar o primeiro turno, está sob risco. Deverá haver novas compensações para os insatisfeitos. Em condições normais, já seria difícil colocar pelo menos 450 deputados em plenário numa terça-feira, margem considerada mínima para votar uma emenda constitucional, que requer 308 deputados para ser aprovada. Com os deputados insatisfeitos e aproveitando o momento para emparedar o governo, será ainda mais complicado. Além da articulação política, Walfrido tem se empenhado em sua defesa.Assinante lê mais aqui