O Brasil está mesmo de ponta-cabeça. O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), reagiu com uma nota dura à crítica que foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro Tarso Genro (Relações Institucionais). “É lastimável que alguém que permitiu o mensalão, o valerioduto e os sanguessugas venha falar em dignidade, […]
Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 23h23 - Publicado em 31 jul 2006, 18h51
O Brasil está mesmo de ponta-cabeça. O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), reagiu com uma nota dura à crítica que foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro Tarso Genro (Relações Institucionais). “É lastimável que alguém que permitiu o mensalão, o valerioduto e os sanguessugas venha falar em dignidade, honra e ética“, diz ele. E depois as coisas se complicam um pouco, não para Bornhausen, mas para o Brasil. Tarso havia dito que o senador catarinense é “de direita”. O pefelista, em resposta, afirma: “São inaceitáveis as insinuações do ministro Tarso Genro sobre minhas convicções políticas. Com 40 anos de honrada vida pública, não sou de ‘direita’, no sentido pejorativo do discurso tosco e anacrônico do ministro Tarso Genro. Sou, sim, um político ´direito´”. Vejam como são as coisas. Está na hora de as pessoas que enfrentam a patrulha petista não ter medo das palavras. Eu sugiro, se o senador me permite, uma outra abordagem. Nessas horas, eu, que sou apenas um jornalista, costumo responder assim: “Sou de direita? Talvez o seja, como Churchill o foi. Certamente não sou de esquerda, como Tarso é. Churchill livrou o mundo da tirania nazista. E a esquerda, para se impor, matou 70 milhões na China, 35 milhões na União Soviética e 3 milhões no Camboja, sem contar outros muitos milhões somados mundo afora”. Quanto ao ProUni, é uma pena que Bornhausen não seja, de fato, contra. Não é possível que um esquerdista dê lições de humanismo, discursando sobre uma montanha de cadáveres. De resto, quem entende bem de nazismo são os comunistas, que fizeram o pacto Molotov-Ribbentrop. E que a farsa stalinista vendeu ao mundo como uma necessidade estratégica. Se alguém tinha alguma ilusão sobre isso, o livro Stálin, A Corte do Czar Vermelho, de Simon Sebag Montefiore, já desfez. Lula e Tarso não podem dar lições de moral nem de posse da própria biografia nem como caudatários de uma utopia homicida.
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