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Aposta na impunidade – A enrolação da Receita Federal

Por Leandro Colon, no Estadão: Depois de anunciar, na sexta-feira, que tinha “indícios de um suposto balcão de compra evendadeinformações”e”pagamento de propina” na delegacia de Mauá (SP), a Receita Federal excluiu essa versão do relatório entregue ontem ao MinistérioPúblico como indiciamento de duas funcionárias investigadas por violar o sigilo fiscaldequatro tucanos. O Estado teve acesso […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h23 - Publicado em 31 ago 2010, 07h35

Por Leandro Colon, no Estadão:
Depois de anunciar, na sexta-feira, que tinha “indícios de um suposto balcão de compra evendadeinformações”e”pagamento de propina” na delegacia de Mauá (SP), a Receita Federal excluiu essa versão do relatório entregue ontem ao MinistérioPúblico como indiciamento de duas funcionárias investigadas por violar o sigilo fiscaldequatro tucanos.

O Estado teve acesso ao documento e as palavras “propina”, “venda”, “balcão”, “encomenda” não aparecem na representação criminal sobre o acesso ilegal aos dados.

Em apenas cinco páginas, a comissão que investiga o caso aponta apenas a “existência de conduta que,em tese, poderia configurar prática de crime comum pelas servidoras”. A Receita informa que essa representação “não interfere no julgamento do mérito” e diz que ainda não há “convicção quanto à efetiva ocorrência de ilícito administrativo”.

A corregedoria pede que o Ministério Público adote as “providências que entenda cabíveis” contra as servidoras Antônia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves e Adeildda Ferreira dos Santos. Antônia é a dona da senha usada para acessar os dados no dia 8 de outubro de 2009. Adeildda é a responsável pelo computador utilizado para a consulta ilegal às informações fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio e Gregório Marin Preciado, ligados ao alto comando do PSDB. A ação é assinada por Levi Lopez, servidor que preside a comissão de inquérito. Segundo ele, a responsabilidade penal independe da apuração administrativa.

‘Encomenda externa’. O conteúdo da representação contradiz o discurso que a direção da Receita adotou na sexta-feira. O secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, e o corregedor-geral, Antonio Carlos Costa D’ Avila, afirmaram, numa entrevista coletiva convocada às pressas, que a investigação interna descobriu indícios de esquema de vendade dados fiscais mediante, segundo palavras deles, “encomenda externa” e “pagamento de propina”.

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“Há indícios de uma intermediação feita por alguém de fora da Receita. Os indícios são de um suposto balcão de compra e venda de informação. Isso nós vamos repassar ao Ministério Público”, disse o corregedor. De acordo com eles, as duas servidoras estariam envolvidas nesse esquema, o que elas negam.

A decisão do governo de indiciar as servidoras e divulgar uma versão de crime comum ocorreu após uma operação política do Palácio do Planalto na quinta-feira à noite.A estratégia era tentar despolitizar a violação fiscal dos tucanos e desvinculá-la da campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT), para onde foi parar boa parte dessas informações dentro de um dossiê contra adversários.

“Nós não identificamos qualquer ilação político-partidária”, fez questão de frisar o corregedor da Receita,cujo discurso foi reforçado pelo secretário Otacílio Cartaxo.

Essa posição da Receita também contraria a condução do inquérito da Polícia Federal sobre o caso. Pelos depoimentos colhidos até agora, que apontam para um interesse político na violação das informações fiscais, a PF mantéma investigação que pode chegar à campanha petista. Aqui

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