APEDEUTA DIZ UMA DE SUAS MAIORES BOBAGENS EM SETE ANOS
(leia primeiro os dois posts abaixo) Nos jornais de hoje, o delinqüente Ahmadinejad aparece comparando as eleições a uma partida de futebol, paixão popular no Irã. Li e cheguei a fazer um pequeno comentário, afirmando que Lula estava exportando a sua revolução: a Revolução da Metáfora. Já estava sendo copiado por um potencial genocida. E […]
(leia primeiro os dois posts abaixo)
Nos jornais de hoje, o delinqüente Ahmadinejad aparece comparando as eleições a uma partida de futebol, paixão popular no Irã. Li e cheguei a fazer um pequeno comentário, afirmando que Lula estava exportando a sua revolução: a Revolução da Metáfora. Já estava sendo copiado por um potencial genocida. E acabei não publicando o post, contido por um Reinaldo Azevedo excessivamente cuidadoso: “Pô, vão dizer que malho Lula até quando comento as eleições no Irã”. Pois é… Hoje, o Apedeuta compara as eleições no país a um confronto entre Flamengo e Vasco. Resultado: eu me arrependi de não ter publicado aquele texto. Sempre que você deixar de falar mal de um petista temendo preconceito ou precipitação, acabará cometendo o pecado da omissão, deixará de acertar uma previsão.
Esse é “O Cara” que pretende ser visto como um grande líder mundial. É um vexame! Já escrevi aqui tantas vezes, para protesto da esquerda babona (e eu com a light?): este senhor só é tido como um iluminado porque vivemos a era em que se acredita que as grandes respostas para a humanidade vêm de onde menos se espera. E, bem…, de onde menos se espera, não costuma sair nada mesmo. Acreditem: as grandes conquistas do homem — das vacinas ao vaso sanitário — vieram de onde se esperava que viessem. O formidável é que o tipo de pensamento de que Lula é caudatário já foi, sim, mais influente. Foi em período em que a humanidade correu o risco de decretar o próprio extermínio.
A fala de Lula é de uma boçalidade acachapante. Há um risco — talvez menor do que supõem os otimistas, mas risco ainda assim — de o Irã entrar numa convulsão pra valer. Se a linha-dura botar as coisas “nos eixos”, ruim para o mundo; se o dito “moderado” Musavi conseguisse reverter o quadro, a perspectiva não seria muito animadora. No primeiro caso, a ala delirante do Irã certamente recrudesceria a repressão interna e a retórica externa beligerante. Na segunda hipótese, os “moderados” teriam de provar ao Conselho da Revolução Islâmica que não se renderam ao Ocidente. Em qualquer dos casos, o mundo fica menos seguro. Mas, claro, sempre será pior com um delinqüente feito Ahmadinejad.
Não tenho dúvidas: Lula acredita que alguém como ele, no Irã, pacificaria todo mundo. Está acostumado com o padrão brasileiro. Ele acredita que lá, como aqui, basta dar juro alto para banqueiro, e o “setor” está conquistado. Basta dar subsídio para alguns setores da indústria, e a “turma está ganha”. Basta dar uns caraminguás para as massas, e o apoio popular vem em seguida. O Irã é, sem dúvida, hoje em dia, uma questão global, que diz respeito, literalmente, à humanidade. Um confronto direto com Israel — e isso é mais possível do que se imagina — convulsionaria o mundo. Mas e daí? É como um jogo entre Flamengo e Vasco…
Espanta ainda a argumentação delinqüente: “se foi uma vitória com mais de 60%, então não houve fraude”. O que isso quer dizer? Saddam vencia eleições com mais de 90%. Depois de esmagar a Chechênia, Putin venceu lá com mais de 95%. Chávez vencerá, doravante, quantos referendos fizer — até o momento em que as coisas comecem a desandar. Mais: como pode um governante brasileiro, dadas as informações que há até agora, assegurar a lisura de um pleito do qual o mundo inteiro desconfia — a começar dos próprios iranianos?
Mas o governo Lula é isso aí. O Itamaraty é isso aí. Na ONU, o Apedeuta está tendo de justificar o apoio sistemático do Brasil a tudo quanto é governo gorila na face da terra. O muito saudado internamente Celso Amorim — que tem até assessoria de imprensa informal no colunismo — conseguiu chamar a atenção de todas as entidades internacionais de defesa da democracia e dos direitos humanos: somos o país que vota SISTEMATICAMENTE com ditadores, genocidas e tiranos.
Com vocês vêem, Lula quer visitar o Irã. Mal posso esperar pelo momento de vê-lo discursar em Teerã, falando em favor do que chama “autodeterminação”. E isso, na prática, para a ala radical do clero xiita, quer dizer “direito” de ter a bomba. EIs o governo que quer o Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Com essa política, não merece cuidar da segurança da Granja do Torto, se é que vocês me entendem…