Antiamericanismo na ONU: Comissária de direitos humanos sai em defesa de Assange!
Por Andrea Murta, na Folha. Quando eu acordar, escrevo a respeito: A ONU elevou ontem o tom da polêmica sobre o cerco ao WikiLeaks, com a alta comissária para direitos humanos classificando a pressão contra empresas ligadas ao site como tentativa de censura. Para a comissária, Navi Pillay, o conjunto de ações para cortar laços […]
Por Andrea Murta, na Folha. Quando eu acordar, escrevo a respeito:
A ONU elevou ontem o tom da polêmica sobre o cerco ao WikiLeaks, com a alta comissária para direitos humanos classificando a pressão contra empresas ligadas ao site como tentativa de censura. Para a comissária, Navi Pillay, o conjunto de ações para cortar laços do WikiLeaks com prestadoras de serviços -entre outros, Amazon, Visa, MasterCard e PayPal- pode ser interpretado como tentativa de impedir o site de publicar, o que viola o direito à liberdade de expressão. Pillay não nomeou supostos responsáveis pela pressão, mas acredita-se que ela venha do governo dos EUA.
O WikiLeaks divulga gradualmente desde o dia 28 mais de 250 mil despachos sigilosos de diplomatas americanos. A ação enfureceu os EUA, que investigam criminalmente o site e estudam processar o seu criador com base em leis de espionagem. Julian Assange está atualmente preso em Londres e pode ser extraditado para a Suécia devido a processo por crimes sexuais. Ontem, Assange foi transferido a uma seção especial da prisão, de acesso ainda mais restrito.
Segundo fontes diplomáticas, Washington já conversa informalmente com autoridades suecas sobre a possibilidade de transferir Assange para custódia americana. A ideia é julgá-lo nos EUA por crimes ligados a espionagem, mas há muita incerteza sobre como o processo seria feito -nenhuma lei americana atual se aplica ao caso. Enquanto isso não ocorre, críticos resolveram tentar calar o site de outras maneiras. Aqui