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Aliados dos Kirchner voltam a bloquear jornais

Por Ariel Palácios, no Estadão: Mais de 300 integrantes do sindicato dos caminhoneiros, o principal aliado sindical da presidente Cristina Kirchner e do seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, bloquearam ontem de madrugada o acesso às gráficas do La Nación e do Clarín. O cerco às gráficas dos dois principais jornais argentinos durou quatro horas. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 16h28 - Publicado em 8 nov 2009, 06h15
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  • Por Ariel Palácios, no Estadão:
    Mais de 300 integrantes do sindicato dos caminhoneiros, o principal aliado sindical da presidente Cristina Kirchner e do seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, bloquearam ontem de madrugada o acesso às gráficas do La Nación e do Clarín. O cerco às gráficas dos dois principais jornais argentinos durou quatro horas. A polícia nada fez e a Casa Rosada se limitou a convocar “paz social”.

    A Associação de Editores de Jornais de Buenos Aires (Adeba) afirmou que o bloqueio é o maior ataque à circulação de jornais desde o fim da ditadura militar, em 1983. A entidade emitiu um comunicado no meio da madrugada para anunciar o “estado de máximo alerta” perante o “insólito ataque”.

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    O sindicato citou questões trabalhistas para justificar a obstrução das gráficas. Analistas políticos afirmam, porém, que por trás do bloqueio está o casal Kirchner, que mantém duro confronto com a imprensa.

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    A ação coincide com a realização em Buenos Aires da assembleia da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que avalia as pressões recentes sofridas pelos jornalistas e empresas de mídia na região.

    “Aqui, depois da tempestade não virá a bonança, mas a inundação”, disse Marcos Aguinis, filósofo, psiquiatra e ex-ministro da Cultura argentino.

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    Ontem, durante o painel da SIP “Os novos mecanismos de censura sutil”, Aguinis, autor do best-seller O atroz encanto de ser argentino, disse que “não há nada de sutileza no que está ocorrendo”. “São atitudes hostis com a imprensa. Os jornalistas são acusados com nome e sobrenome desde a tribuna do palácio presidencial, algo que nunca havia ocorrido desde a volta da democracia”, afirmou.

    Outra participante do painel, a jornalista María O”Donnell, autora de livros sobre corrupção no governo Kirchner, disse que a publicidade oficial é uma das formas de pressionar os meios de comunicação. “É ilustrativo que a publicidade oficial na Argentina cresceu de US$ 11 milhões em 2003 para US$ 261 milhões em 2009″, disse.

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    Julio Blanck, editor do Clarín, afirmou que suspeita da existência de uma rede de espionagem contra os jornalistas críticos ao governo Kirchner. Ele sustentou, ainda, que o “sarampo anti-imprensa que afeta os Kirchner é parte de um amplo mecanismo para tentar ficar no poder mais quatro anos”.

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