O deputado petista Sibá Machado (AC), um dos meus humoristas favoritos, não será mais o líder da legenda neste ano. Os parlamentares da sigla se reunirão no início da próxima semana para definir quem será o substituto de Sibá.
Ainda líder da bancada, Sibá informou que seu sucessor será escolhido pela corrente “Mensagem ao Partido” e disse que a expectativa é que o nome seja resultado de um acordo, para que não seja necessária uma votação. São três os candidatos: Afonso Florence, da Bahia; Paulo Pimenta, do Rio Grande do Sul, e Reginaldo Lopes, de Minas Gerais.
Em 2015, o nome de Sibá foi definido por meio de acordo da bancada, ainda em janeiro. Ele foi escolhido pela corrente “Construindo um Novo Brasil” e, já naquela ocasião, ficou definido que, em 2016, a indicação caberia ao grupo “Mensagem ao Partido”.
O PT está bem de candidatos, né? Florence participou do tumulto, por ocasião da votação secreta para a formação da comissão do impeachment, que resultou da destruição de urnas eletrônicas na Câmara. Foi ministro do Desenvolvimento Agrário entre 2010 e 2012. Ele pertence, na verdade, à Democracia Socialista, uma corrente de esquerda que integra o grupo.
Paulo Pimenta também tem história. É membro do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Na sua página na Internet, chegou a reproduzir um artigo de impressionante violência retórica contra a criação do estado de Israel. Foi o signatário de um documento, a que a reitoria da Universidade Federal de Santa Maria deu despacho positivo, cobrando que a instituição identificasse os alunos e professores de origem judaica. Está ou não está pronto para ser líder?
E há Reginaldo Lopes, de Minas. Não me lembro, assim, de algum feito extraordinário. Se houver, os leitores logo se encarregam de complementar o blog.
Estou um pouco chateado. A política sempre fica mais divertida, se é que vocês me entendem, quando Sibá Machado está na ribalta. Não que ele não seja truculento. Fez uma ameaça fascistoide aos membros do Movimento Brasil Livre e do Vem Pra Rua, em outubro do ano passado, que lotavam as galerias da Câmara em defesa do impeachment. Chamou-os de “vagabundos” e prometeu pegá-los a pau. No dia seguinte, Guilherme Boulos mandou seus milicianos bater em gente pacífica e desarmada.
Vocês acham o quê? Desse pântano nasceram as flores que nos governam.
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