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AH, É ASSIM? ENTÃO…

Em novembro, noticiei aqui: ao aparecer na tela de cinema um trailer da baboso-lacrimimejante “Lula, o Filho do Brasil”, que inaugura no país a estética que classifiquei de “Idealismo capitalista estato-lacrimejante”, constatei uma vaia generalizada no cinema, mas ainda um tanto surda. Percorreu a sala como uma onda: “uuuuuuuuuuu”. Ontem, publiquei uma notinha com uma […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 16h16 - Publicado em 9 dez 2009, 05h07
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    Em novembro, noticiei aqui: ao aparecer na tela de cinema um trailer da baboso-lacrimimejante “Lula, o Filho do Brasil”, que inaugura no país a estética que classifiquei de “Idealismo capitalista estato-lacrimejante”, constatei uma vaia generalizada no cinema, mas ainda um tanto surda. Percorreu a sala como uma onda: “uuuuuuuuuuu”. Ontem, publiquei uma notinha com uma informação de Ancelmo Gois: no cinema Leblon 1, no Rio, foi vaia pra valer, como aquela que Lula levou, certa feita, no Maracanâ.

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    E, obviamente, aqueles seres que me odeiam, mas não vivem sem mim, enviaram suas ironias: “Também… No Leblon, você queria o quê?” Ou ainda: “Quantas pessoas do povo havia lá?” É evidente que quem faz tal indagação também não é “povo”. São esses burguesotes revolucionários da classe média, que confundem o conforto que os pais lhes ofereceram com “privilégio” — numa prova evidente de que não sabem o que é um privilégio… Mas deixo isso pra lá.

    Querem caracterizar a vaia que vi e ouvi e aquela noticiada por Ancelmo como parte do descontentamento das “elites” com o governo Lula, que teria olhos para os pobres. Elite? Ora… A VERDADEIRA ELITE financiou “Lula, O Filho do Brasil”. A lista das empresas que “colaboraram” está em todo lugar, inclusive neste blog. Boa parte delas depende de facilidades do governo. No caso da Oi, a coisa é ainda mais séria: o BNDES é sócio da empresa. Aqueles que os petistas gostam de hostilizar poderiam formar o movimento dos sem-banco, dos sem-tele, dos sem-empreiteira — em suma, é uma gente que não reúne lá grandes condições de ser… petista!

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    Essa clivagem de classe é só mais uma vigarice. O que os petistas não suportam mesmo é haver quem não tenha caído da sedutora lábia do líder, entendem? O que eles não perdoam é haver gente que se nega a “dar a mão” para Lula porque sabe que, deu a mão, “está no papo”, como poderia ter dito certo sindicalista pensador em 1979.

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    “Ah, Leblon está nos 6% que não aprovam Lula” Ainda que fosse assim, constato: O QUE É ESPANTOSO É QUE ESSA GENTE CONSIGA FICAR MAIS FURIOSA COM OS 6% DO QUE ALEGRE COM OS 83%. Uma alma totalitária não consegue viver sem a unanimidade (ver post abaixo). Haver um só que diga “Não”, que se negue a dar a mão, já caracteriza um tormento pessoal e um risco de conspiração.

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    A idéia dos mitificadores, mistificadores e mitômanos é que não se possa comer um saco de pipoca, em 2010, sem estar olhando para a cara de Lula. Haver quem vaie o seu filme é considerado uma verdadeira afronta, uma espécie de iconoclastia. É mais feio que chutar a santa.

    É assim? Então viva a vaia!

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    PS: O, bem…, “poema” na imagem acima é de Augusto de Campos. Nunca imaginei que um dia recorreria a ele. Mas a gente não imagina tanta coisa…
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