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Acusador de Chalita diz ter visto “malas de dinheiro”. Ou: “Ética relativa e semiótica”

Por José Ernesto Credendio e Mario Cesar Carvalho, na Folha: O analista Roberto Leandro Grobman, 41, afirmou em entrevista à Folha ter presenciado a chegada de malas de dinheiro ao apartamento do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) em 2005, quando ele era secretário da Educação de São Paulo. As malas, diz ele, foram levadas ao […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h47 - Publicado em 26 fev 2013, 05h23

Por José Ernesto Credendio e Mario Cesar Carvalho, na Folha:
O analista Roberto Leandro Grobman, 41, afirmou em entrevista à Folha ter presenciado a chegada de malas de dinheiro ao apartamento do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) em 2005, quando ele era secretário da Educação de São Paulo. As malas, diz ele, foram levadas ao apartamento pela advogada Marcia Alvim, uma das principais assessoras de Chalita. Na época, Grobman mantinha relacionamento com ela. “Vi Marcia trazendo malas de dinheiro. Jogava o dinheiro no chão e separava.” A Folha revelou no sábado que o Ministério Público instaurou 11 inquéritos para investigar Chalita por enriquecimento ilícito, corrupção e fraude em licitação a partir de depoimentos de Grobman. Ele diz que era assessor informal de Chalita na secretaria, com telefone, e-mail e cartão do Estado. Apresentou fotos de viagem oficial que fez com Chalita e Marcia a Paris, para evento da Unesco.

O início
Montei a empresa Interactive com Nilson Curti, superintendente do COC [grupo educacional privado], em 1999. Em 2003, fui apresentado por Chaim Zaher [ex-dono do grupo COC] a Chalita. Fui trabalhar na secretaria e tinha sala, e-mail e cartão do governo.

Estratégia
Chaim colocou pessoas de sua confiança em cargos estratégicos. O Milton Dias Leme, na diretoria da Fundação para o Desenvolvimento da Educação [FDE], o Farid Mauad, diretor da COC, no Conselho Estadual da Educação, e eu na secretaria. Era para a gente direcionar contratos do governo com o COC.
(…)
As malas
Eu ficava no apartamento de Higienópolis acompanhando a reforma. Vi a Marcia Alvim trazendo malas de dinheiro, eram malas de propagandista, de couro, grandes, grossas. Ficavam guardadas no armário espelhado em frente ao banheiro. Jogava o dinheiro no chão e separava, pagava o estúdio do programa de TV. Também levavam o dinheiro na sala do Paulo Barbosa [braço direito de Chalita, adjunto na época] na secretaria. Ele guardava num cofre verde do lado esquerdo da mesa.

O rompimento
Ele já tinha feito toda a reforma no apartamento [em Higienópolis] com dinheiro do empresariado. Eu fazia vista grossa, mas aí a Márcia me falou que ele tinha comprado o apartamento no Rio. Foi o que me fez brigar com ele. Eu fui falar que não era ético e ele respondeu que a ética é relativa, que podia provar isso para mim pela semiótica, que eu deveria calar a boca. Me senti humilhado.
(…)

Chalita nega
A assessoria de Gabriel Chalita diz que é falsa a informação de que uma assessora do deputado, Marcia Alvim, recebia dinheiro em malas. Em nota, Chalita diz que Roberto Grobman não apresentou esse dado nos depoimentos que deu aos promotores. Segundo a nota, “isso mostra que esse senhor está desesperado, já que não apresentou nenhuma prova nos quatro depoimentos já prestados. Ele será processado civil e criminalmente por mais essa acusação”. Mais aqui.

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