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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

A reação dos honrados — Relator da CPI do Mensalão relembra no tribunal o que existe contra José Dirceu, o herói do PT

O deputado Osmar Serraglio, do PMDB do Paraná, é uma pessoa de bem. Ignoro qualquer fato que desabone a sua atuação como homem público. O PMDB já havia sido cooptado por Lula em 2005 quando ele se tornou o relator da CPI dos Correios, a tal CPI do Mensalão. Deveria servir de exemplo para Odair […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 08h38 - Publicado em 13 jun 2012, 20h26

O deputado Osmar Serraglio, do PMDB do Paraná, é uma pessoa de bem. Ignoro qualquer fato que desabone a sua atuação como homem público. O PMDB já havia sido cooptado por Lula em 2005 quando ele se tornou o relator da CPI dos Correios, a tal CPI do Mensalão. Deveria servir de exemplo para Odair Cunha (PT-MG), que chega ao estrelato na CPI do Cachoeira. Serraglio comportou-se com isenção na condução dos trabalhos. Pedir isso a um petista é exagero. Bastaria ser comedido.

Inconformado com o lobby dos mensaleiros, que tentam apagar aqueles fatos da história, ele foi hoje à tribuna da Câmara para expor uma lista de 12 evidências que fazem de José Dirceu protagonista do escândalo. Leiam o que informa Rubens Valente, na Folha Online:

(…)
Serraglio disse estar “farto da alegação de que o mensalão é fantasia”. A gota d’água, segundo ele, foi um artigo assinado pelo produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, publicado ontem na Folha”, sob o “Por qué no lo matan?”, que faz a defesa de Dirceu.

“Certamente me amofina essa cantilena repetida de que o ‘mensalão’ fora uma farsa, como se a investigação não se realizou por parlamentares dos mais diversos matizes político-partidários”, discursou o deputado.  “Ainda agora assistimos José Dirceu concitando os jovens a se manifestarem diante de sua inocência”, discursou o deputado. O deputado listou os seguintes indícios coletados tanto pela CPI quanto pelo processo do mensalão, que poderá ser levado a julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) no segundo semestre deste ano:

1) à época em que Dirceu era ministro, “nada ocorria sem o beneplácito do super-ministro, como era chamado na imprensa e nos corredores do poder”;

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2) Roberto Jefferson, líder do PTB, “confessa que tratou por mais de dez vezes do mensalão com Dirceu”;

3) o publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza “afirmou que ouviu de Delúbio [Soares, ex-tesoureiro nacional do PT e da campanha presidencial de Lula em 2010], que Dirceu deu ‘aval’ aos empréstimos bancários que alimentaram o mensalão;

4) a mulher de Valério “assentou que Dirceu se reuniu com o presidente do Banco Rural no Hotel Ouro Minas para acertar os empréstimos do banco”;

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5) Valério “arrumou emprego para a ex-mulher de Dirceu no [banco] BMG em São Paulo”;

6) um sócio do publicitário se “tornou ‘comprador’ do apartamento da ex-mulher de Dirceu em São Paulo”;

7) Valério “afirma que foi quem ajustou a audiência havida entre os diretores do BMG e o ministro Dirceu”;

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8 ) segundo Valério, “Silvio Pereira [ex-secretário nacional do PT] lhe disse que José Dirceu sabia dos empréstimos junto aos bancos”;

9) a presidente do Banco Rural “declarou que Valério era um ‘facilitador’ das tratativas com o governo” e “disse mais, que ‘Dirceu foi a única pessoa do governo com quem ela falou” sobre o interesse do Rural relativo à aquisição de parte do Banco Mercantil de Pernambuco;

10) o ex-deputado Jefferson “afirmou que, por orientação de Dirceu, houve encontro no Banco Espírito Santo, em Portugal, à busca de R$ 24 milhões”;

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11) o ex-tesoureiro do PTB, “Emerson Palmieri relata que todas as tratativas eram ratificadas, ao final, por Dirceu;

12) a ex-secretária de Valério na agência de publicada em Belo Horizonte (MG), Karina Somaggio, “testemunhou que Valério mantinha contatos diretos com José Dirceu”.

Serraglio disse que a CPI ajudou a “abrir o caminho” para a eleição de Dilma Rousseff, em 2010, como sucessora de Lula ao enfraquecer Dirceu, nome natural dentro do PT, antes do escândalo, para uma eventual candidatura à Presidência.
(…)

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