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A lista de Sérgio Machado é pluripartidária

Lá estão políticos do PMDB, PT, PP, DEM, PSDB e PSB; Renan, Jucá e Sarney são protagonistas mais uma vez

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h30 - Publicado em 15 jun 2016, 20h58
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    O fim do sigilo de sua delação trouxe à luz a “Lista de Sérgio Machado”. Outras estão por vir, como a da Odebrecht e a da OAS. Machado é quem provocou mais barulho até agora, seja pelos métodos a que recorreu, seja pelo alcance multipartidário de suas acusações.

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    Machado disse aos procuradores ter repassado propina a pelos menos 20 políticos de diferentes partidos: PMDB, PT, PP, DEM, PSDB e PSB. Apenas o PMDB, legenda que o levou ao cargo de presidente da subsidiária da Petrobras, teria recebido R$ 100 milhões de reais.

    Segundo disse, os políticos o procuravam pedindo doações e, em seguida, ele solicitava os repasses às empreiteiras que tinham contratos com a Transpetro. Entre essas empresas, estão a Camargo Corrêa, a Galvão Engenharia e a Queiroz Galvão, já investigadas pela Operação Lava-Jato. No acordo, Machado acertou a devolução de R$ 75 milhões aos cofres públicos. Uma parte ficará com a União, e a outra, com a Petrobras. Ele poderá ser condenado a até 20 anos de prisão. Como fez acordo de delação, a pena será certamente reduzida e não cumprida em regime fechado.

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    Integram a lista de Sérgio Machado:
    – Renan Calheiros (PMDB-AL)
    – Romero Jucá (PMDB-RR)
    – José Sarney (PMDB-AP)
    – Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
    – Garibaldi Alves (PMDB-RN)
    – Walter Alves (PMDB-RN)
    – Valdir Raupp (PMDB-RO)
    – Edson Lobão (PMDB-MA)
    – Gabriel Chalita (PMDB-SP)/Michel Temer (PMDB-SP)
    – Cândido Vaccarezza (PT-SP)
    – Luiz Sérgio (PT-RJ)
    – Edson Santos (PT-RJ)
    – Ideli Salvatti (PT-SC)
    – Jorge Bittar (PT-RJ)
    – Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
    – Francisco Dornelles (PP-RJ)
    – Heráclito Fortes (PSB-PI)
    – Sérgio Guerra (PSDB-PE, morto em 2014)
    – Aécio Neves (PSDB-MG)
    – José Agripino Maia (DEM-RN)
    – Felipe Maia (DEM-RN)

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    Renan, Jucá e Sarney
    Na delação, Machado afirmou que o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o senador Romero Jucá receberam mesada durante anos do esquema de corrupção da Petrobras. Segundo o ex-presidente da Transpetro, os repasses para Renan começaram entre 2004 e 2005, após o senador procura-lo pedindo ajuda.

    Machado conta que eram feitos repasses mensais a Renan no valor de R$ 300 mil , durante dez ou 11 meses a cada ano. Em cerca de dez anos, o peemedebista teria recebido algo em torno de R$ 32 milhões em propina, entre dinheiro em espécie e doações oficiais. Já Jucá recebia um pouco menos que Renan: R$ 200 mil. O total de vantagem indevida recebida pelo senador seria de R$ 21 milhões de reais — R$ 4,2 milhões desse total em doações oficiais da Camargo Corrêa, Galvão Engenharia e Queiroz Galvão, entre 2010 e 2014.

    Quanto a Sarney, Machado afirma que o primeiro repasse se deu em 2006: R$ 500 mil. A propina passou a ser anual a partir de 2008. No fim, ele teria recebido R$ 18,5 milhões desviados dos contratos.

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    O trio, claro!, nega que isso tenha acontecido. O problema é que ninguém acredita. Numa delação premiada, afinal, a palavra de um bandido costuma ser levada em conta. Mas é preciso buscar as provas.

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