Passados cerca de 40 minutos de depoimento na CPI da Pandemia no Senado, o ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten já conseguiu irritar o relator, Renan calheiros, o presidente, Omar Aziz, e outros integrantes da comissão ao tentar blindar o presidente Jair Bolsonaro.
O descontentamento ficou mais evidente quando Renan perguntou ao depoente qual o impacto na comunicação do governo das declarações “estapafúrdias” de Bolsonaro sobre as vacinas contra a Covid-19, por exemplo, e Wajngarten foi evasivo, chegando a especular quais seriam as motivações do presidente. O relator insistiu no questionamento durante alguns minutos até que o presidente da CPI interveio tentando obter uma resposta objetiva — o que não ocorreu.
O ápice da irritação dos senadores ocorreu no momento em que Renan perguntou quem orientava Bolsonaro a fazer esse tipo de raciocínio para a população e Wajngarten rebateu:
“Eu acho que o senhor tem que perguntar pra ele, senador… eu não conversava”.
Renan então lembrou que estava inquirindo ele, que estava obrigado a responder por lei. Aziz então afirmou que Wajngarten não podia fazer isso e o ex-secretário pediu perdão repetidamente.