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Vereador do PSOL pede ao MP-SP inquérito sobre aumento da tarifa do metrô

Ação diz que o reajuste do governo Tarcísio de Freitas, o maior desde 2015, "é contraditório" e desproporcional

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 17h10 - Publicado em 3 jan 2024, 08h30

O ano começou com mudança no valor da passagem de trem e metrô de 4,40 reais para 5 reais, em São Paulo. O vereador Toninho Véspoli (PSOL) foi ao Ministério Público nesta terça-feira pedir uma investigação sobre o aumento da tarifa. 

De acordo com o governador Tarcísio de Freitas, o reajuste se fez necessário para que o subsídio a empresas de transporte não afetasse investimentos em outros setores, como a educação. No ofício enviado ao MP, Véspoli diz que “mesmo com o reajuste, (o governo) ainda deverá subsidiar 2 bilhões no transporte no ano de 2024”. 

Outros argumentos para o pedido de investigação é de que o aumento, de mais de 13%, pode sobrecarregar os cidadãos e comprometer o uso de um serviço essencial — transporte público. Além disso, o psolista questiona o impacto ambiental da medida com uma possível redução no número de passageiros. 

“O aumento aplicado nas passagens de metrô e trem é contraditório, principalmente no que diz respeito ao risco de diminuição dos usuários, bem como na falta de incentivo para a utilização do transporte público e, consequentemente, na diminuição da poluição”, escreveu Véspoli ao MP. 

O preço da tarifa de metrô e trem não era reajustado desde 2020, quando subiu de 4,30 reais para 4,40. Por outro lado, percentualmente, o aumento de 2024 (de 13,64%) é o maior desde 2015, quando a passagem foi de 3 reais para 3,5 reais, um crescimento de 16,67%. 

Anunciado pelo governo estadual, o aumento da tarifa não foi acompanhado pela Prefeitura de São Paulo, que mantém os ônibus a 4,40 reais. Inclusive, com o passe livre aos domingos, recentemente implementado.

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