Vasco receberá menos que Fluminense se assinar com investidores da LFF
Diferença de tratamento em relação a rival carioca é motivo de disputa entre 777 Partners, dona da SAF cruzmaltina, e diretoria do clube
![Time do Vasco entra em campo no Estádio Nilton Santos, em jogo contra o Botafogo pelo Campeonato Brasileiro](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/07/53018906370_806dabb696_o.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Se fechar, de fato, a venda de direitos comerciais aos investidores da Liga Forte Futebol, como pode fazer ainda nesta quinta-feira, o Vasco colocará a assinatura em um acordo pelo qual receberá 1 milhão de reais a menos que ao Fluminense.
A venda dos direitos comerciais dos clubes no Campeonato Brasileiro por 50 anos renderia 213 milhões de reais ao tricolor e 212 milhões de reais ao cruzmaltino. A contrapartida para os investidores, Serengeti e LCP Capital, é receber 20% das receitas futuras pela duração do contrato.
A diferença de tratamento em relação ao rival é mais um motivo de divergência entre a 777 Partners, dona da SAF do Vasco, e a diretoria do clube. Na divisão de receitas, o Fluminense seria considerado mais importante que o time da colina — dono de torcida cerca de três vezes maior que a do tricolor carioca.
O Vasco estuda seguir os passos de Botafogo, Cruzeiro e Coritiba, que assinaram com Serengeti e LCP Capital e seus parceiros, LiveMode, Alvarez & Marsal e 1190 Sports — exatamente as mesmas empresas que negociam com a LFF –, sem, contudo, aderir à liga.
Além da rivalidade local, paira sobre o negócio um possível conflito de interesses. A 777 também é controladora da 1190 Sports, empresa que tem assessorado o Grupo União (Botafogo, Cruzeiro e Coritiba) e também a LFF na negociação da venda de direitos de transmissão.