Na edição de VEJA que está nas bancas, o Radar mostra que o TCU havia decidido criar uma unidade de fisioterapia e pilates dentro do tribunal. A Corte é presidida pela ministra Ana Arraes. O serviço exclusivo custaria 216.000 reais aos cofres públicos, teria dois fisioterapeutas e um estúdio com diferentes aparelhos de pilates.
Depois da notícia, ministros da Corte revelaram contrariedade com a medida, adotada no momento em que o país sofre com dificuldades para garantir alimentação básica a milhares de famílias. Resultado: a licitação para o serviço foi cancelada.
Mais cedo, antes da decisão de cancelar a contratação, o TCU informou ao Radar que não apenas ministros da Corte, mas também servidores ativos do órgão poderiam utilizar o recanto: “O público-alvo será composto de autoridades e servidores ativos do TCU, dividido de acordo com sua origem: usuários de livre procura e usuários com encaminhamento médico”.
Para fazer aula de pilates, os integrantes do tribunal teriam o conforto de marcar o horário da aula pelo ramal interno do gabinete. O foco do serviço, disse o TCU, era a “prevenção, resgate e manutenção da saúde de autoridades e servidores”.
O contribuinte, que banca os salários de ministros e servidores do TCU, mas tem que pagar academia de pilates para “manutenção da saúde”, não poderia marcar horário no tribunal.
Como o Radar já mostrou, a licitação foi cancelada.