STF espera mudança de postura da PGR, após ataque ao tribunal
Órgão arquivou a investigação contra um "homem-bomba" por "arrependimento"; para ministros, ameaças demandam maior rigor nas apurações
Para um ministro do STF, o ataque com explosivos registrado nesta semana deve servir de lição para a PGR. É que a procuradoria vinha arquivando uma série de apurações de ameaças contra a Corte, sem investigar, por julgar que se tratavam de malucos. A avaliação desse magistrado é compartilhada por outros colegas da Corte.
Num dos casos mais recentes, como mostrou o Radar, o órgão arquivou uma investigação contra um “homem-bomba” que ameaçava explodir o Supremo, num episódio semelhante ao ocorrido nesta semana.
A procuradoria decidiu arquivar o caso porque o aloprado que disparou ameaças contra o tribunal se disse “arrependido” por ter postado um vídeo sobre o plano radical.
“O investigado declarou que ‘se arrependia do vídeo postado’”, destacou a PGR. “Os fatos narrados, por si sós, embora possam provocar dissabor e indignação, não reúnem elementos suficientes que justifiquem o prosseguimento da persecução penal… O investigado não possui condenações criminais e demonstrou estar arrependido do vídeo postado, não necessitando, por ora, de uma intervenção penal”, disse a procuradoria.