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Sessão da CPI tem ameaça de confronto entre senadores

Senador governista Jorginho Melo e relator Renan Calheiros bateram boca e quase foram às vias de fato

Por Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 mar 2023, 10h32 - Publicado em 23 set 2021, 11h49

A sessão da CPI da Pandemia saiu do prumo por alguns minutos na manhã desta quinta-feira depois de um bate boca entre o relator da comissão, Renan Calheiros, e o senador governista Jorginho Mello.

Calheiros conduzia os questionamentos ao diretor da Precisa Medicamentos que presta depoimento nesta quinta, Danilo Trento, quando começou o bate boca. O relator reagia a mais uma negativa em dar uma resposta pelo depoente, amparado por um habeas corpus do STF.

Calheiros dizia que o governo federal era corrupto e Jorginho tentou interromper. “Senador Renan, não foi o presidente quem escolheu [a Precisa], foi um monte de picaretas…”, disse.

“Não grite. Eu não dei a palavra ao senador Jorginho. Ele não pode me interromper”, disse Calheiros, que afirmou ainda que o governista teria direito à palavra só depois que ele, o relator, encerrasse sua intervenção. “Eu não aceito interrupção”, disse. “Vou interromper do mesmo jeito”, rebateu Jorginho.

Em tom de deboche, Jorginho completou: “ah, vá pros quintos, então”, como quem manda alguém para o “quinto dos infernos”.

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Renan respondeu de bate-pronto: “vá vossa excelência com seu presidente e com o Luciano Hang”, referindo-se ao empresário bolsonarista dono da Havan. “Vá lavar a boca para falar do Luciano, um empresário decente”, disse Jorginho.

“Vá você, vagabundo”, rebateu Calheiros, provocando um alvoroço na comissão. Jorginho devolveu na mesma moeda, chamando o relator de “ladrão picareta”.

Os dois se levantaram e foram na direção um do outro enquanto o presidente da CPI, Omar Aziz, tentava apaziguar os ânimos. Os dois quase foram às vias de fato. A sessão ficou parada por dez minutos.

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