Senador quer criar prêmio para incentivar adoção tardia
Dados do CNJ mostram que crianças acima de três anos ou com irmãos têm menos chances de encontrar uma família
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) pretende criar um prêmio para incentivar a adoção tardia no Brasil.
O projeto de resolução, de sua autoria, visa instituir o “Prêmio Adoção Tardia – Gesto Redobrado de Cidadania”, para homenagear, anualmente, iniciativas que estimulem a adoção de crianças e adolescentes.
Contarato é pai de dois filhos adotivos: Gabriel, de 6 anos, e Mariana, de 2.
Segundo o texto, será considerada tardia a adoção de crianças com idade igual ou superior a três anos, de crianças ou adolescentes com irmãos, com deficiência, doença crônica ou necessidades específicas de saúde.
Pessoas físicas e jurídicas poderão ser indicadas à premiação e, ao final da seleção, cinco finalistas receberão o Diploma do Mérito Adoção Tardia.
“O reconhecimento e a divulgação de tais trabalhos ou iniciativas podem favorecer a ampliação de boas práticas nesse campo”, diz o senador capixaba.
Dados do Cadastro Nacional de Adoção, ligado ao Conselho Nacional de Justiça, revelam que, em 2019, havia 45.991 pessoas interessadas em adotar e 9.524 crianças e adolescentes aptos para a adoção. No entanto, cerca de 47 mil crianças e adolescentes estavam em situação indefinida e inseridas em programas de acolhimento institucional.
A demora se deve, em larga medida, ao perfil majoritariamente pretendido pelos adotantes: crianças recém-nascidas, com um, dois ou três anos de idade, e brancas.