O PT está babando para ver funcionando a CPI da Delação na Câmara.
Sob pretexto de investigar eventuais irregularidades em acordos fechados com o Ministério Público, na prática, a comissão serviria como o tribunal da vingança dos delatados, apertando advogados e colaboradores.
O famoso Antonio Figueiredo Basto, que defendeu figuras como Alberto Yousseff e acabou delatado por doleiros que o acusam de extorsão, nem dorme com medo de ser convocado a depor em algum momento.
A CPI, porém, depende do aval de Rodrigo Maia. O presidente da Casa anda para lá de receoso. A máxima “sabe-se como começa uma CPI, mas nunca como ela acabará” vale mais do que nunca.
Ao fim, Maia vê um enorme risco de que a Lava-Jato enxergue indícios de obstrução de Justiça em algumas das medidas que seriam propostas pelos integrantes do futuro colegiado e torce para que os entusiastas esqueçam da ideia.