Raquel Dodge entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo há dez dias para tentar impedir o governo de gastar 99 milhões de reais com ações publicitárias em favor da reforma da Previdência.
A medida corre sério risco de perder o objeto.
Isso porque, até agora, o relator do caso, Marco Aurélio Mello, ainda não bateu o martelo para indeferir a tese da PGR nem concedeu uma medida cautelar que proíba o Executivo de torrar os recursos públicos.
Como o Supremo não se pronunciou sobre o pleito do Ministério Público, na prática, Michel Temer pode continuar desembolsando milhões à vontade em nome da aprovação da reforma, que deve ser votada em fevereiro.
Mas esse é só um dos problemas.
Raquel Dodge teme que a mesma letargia prejudique outro processo, aquele em que ela pleiteia a anulação do decreto pelo qual o presidente da República concedeu indulto natalino a uma penca de presidiários.