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De nada adiantou a intensa pressão da tropa de choque de Eduardo Cunha sobre o relator Marcos Rogério, que nesta quarta-feira apresentou seu relatório pela cassação do presidente afastado da Câmara.
A defesa de Cunha apontou inconsistências no parecer e vai recorrer caso ele seja aprovado, em reunião do Conselho de Ética prevista para a semana que vem.
Com o processo de perda de mandato do peemedebista se aproximando da reta final depois de meses de procrastinação, voltou a circular em Brasília a possibilidade de o Ministério Público pedir a prisão preventiva de Cunha, sob a alegação de que, mesmo afastado, ele manteve tentativas de obstruir a tramitação de seu processo.
O que se sabe é que o procurador-geral da República recebeu documentos do presidente do conselho de ética da Câmara, José Carlos Araújo, sobre ações de Cunha.
Quando aprovaram o afastamento do peemedebista do cargo e do mandato, os ministros do Supremo Tribunal Federal fizeram questão de frisar que se tratava de uma decisão excepcionalíssima. Para que a corte aprove um pedido desta natureza serão necessárias provas gritantes de ação de Cunha para obstruir investigações.
As próximas horas vão mostrar se o clima de apreensão desta quarta em Brasília era apenas resultado de uma onda forte de boatos ou se vem aí mais uma bomba da Lava-Jato. Afinal, o que não tem faltado nos últimos meses são situações excepcionalíssimas.