Quem vai decidir se Sérgio Camargo fica ou sai do governo Bolsonaro
O presidente da Fundação Palmares está na mira do MPF e de Gilmar Mendes após dizer que o congolês Moïse Kabagambe foi um "vagabundo"
Caberá ao secretário especial da Cultura, Mário Frias, a decisão sobre o futuro do polemista Sérgio Camargo na Fundação Cultural Palmares, depois que o presidente da instituição fez ataques abomináveis ao congolês Moïse Kabagambe, brutalmente assassinado em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Desde que disse que Moïse foi um “vagabundo morto por vagabundos mais fortes” e que sua morte teria ocorrido pelo “modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava”, Camargo entrou na mira do MPF e do ministro Gilmar Mendes, do STF.
A fundação é vinculada, em maior instância, ao Ministério do Turismo, mas integrantes da pasta disseram ao Radar que o ministro Gilson Machado delegou a missão a Frias, também seu subordinado.
Até agora, o ex-galã de Malhação e Floribella não deu nenhuma sinalização de que irá demitir Camargo.
Na segunda-feira, o Radar revelou que, segundo um auxiliar de Bolsonaro, o presidente teve uma dura conversa com o chefe da Fundação Palmares, mas que demiti-lo seria uma medida “muito forte”.