Os ingressos das arquibancadas e cadeiras numeradas do desfile das escolas de samba do grupo de elite do Carnaval do Rio, no Sambódromo, estão esgotados há mais de um mês na Ticketmaster, que tem acordo de exclusividade com a Liesa para as vendas.

Mas uma série de sites não autorizados ainda anuncia entradas para os dois setores, com sobrepreços que superam até três vezes o valor cobrado pela plataforma oficial. A comercialização nessas páginas, adverte o Procon-RJ, configura cambismo e é ilegal.

“A gente pode notificar esses fornecedores para buscar informações e eles esclarecerem a comercialização. Comprovando a irregularidade, a gente abre para apresentação de defesa, e, se ficar caracterizada a infração, o Procon aplica sanções a esses fornecedores”, afirmou ao Radar o diretor jurídico da autarquia no Rio, Silvio Romero.

Até o momento, contudo, não há processos administrativos abertos pelo Procon-RJ em relação ao Carnaval de 2024.

Segundo Romero, o órgão costuma atuar sob demanda de consumidores, e, devido à duração de eventuais processos contra os sites que vendem ilegalmente os ingressos para a Sapucaí, é “muito difícil” que essas entradas retornem à plataforma oficial por ação do Procon a tempo dos desfiles, nos dias 11 e 12 de fevereiro.

“O caminho mais provável seria aplicar uma medida de punição e sanar o problema para eventos próximos, para que isso não continue ocorrendo”, afirmou o diretor.

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