Aconteceu nos últimos dias. O suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP), Alexandre Giordano, pivô de um escândalo na imprensa paraguaia, passou em frente ao escritório do titular, em São Paulo. Da janela de seu carro de luxo, antes do sinal abrir, brincou com alguns conhecidos à porta: “estou indo lá para o Paraguai”.
O empresário fez ao menos duas viagens ao país vizinho, em abril e junho deste ano, para negociar a compra de energia excedente da usina hidrelétrica de Itaipu. Ele foi apresentado como representante da “família presidencial” e do “governo brasileiro”.
Na renegociação do acordo entre os dois países, havia uma versão preliminar que quebrava o monopólio da Ande. Sem o monopólio, a Léros, até então uma desconhecida empresa de energia, poderia entrar no negócio. Seria um péssimo acordo ao Paraguai, que perderia dinheiro. O presidente Mario Abdo Benítez balançou no cargo, ameaçado de impeachment. Para Giordano, tudo não passa de uma piada.