A Polícia Federal deflagrou, nesta terça, uma operação para desmontar uma rede de tráfico de cocaína para cidades do Paraná e de Santa Catarina.
Os investigadores cumprem 36 mandados de busca e apreensão e 27 de prisão preventiva contra alvos localizados em quatro cidades paranaenses — Umuarama, Guaíra, Maringá e Rolândia — e três municípios do Mato Grosso do Sul: Amambai, Naviraí e Mundo Novo.
A ação envolve 160 policiais federais. A investigação teve início no final de 2023, a partir da prisão em flagrante, em Guaíra, de um casal transportando 53 quilos de cocaína. O destino da droga seria a cidade de Umuarama. “No decurso do inquérito policial foi possível vincular 11 flagrantes de tráfico de drogas à atuação desta organização criminosa. No total, foi apreendida quase 1 tonelada de cocaína, porém estima-se que, desde 2020, o grupo criminoso tenha transportado mais de 20 toneladas da droga”, diz a PF.
Segundo a investigação, os criminosos carregavam a droga em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e desciam até a região de Katueté, ainda no Paraguai, por uma rodovia brasileira que corta as cidades de Amambai, Tacuru e Sete Quedas, no Mato Grosso do Sul.
Dentro do Paraguai os criminosos decidiam se retornavam para o Brasil na região de Guaíra ou Foz do Iguaçu. O destino da droga incluía diversas cidades, dentre elas: Umuarama, Maringá e Curitiba, assim como cidades localizadas em Santa Catarina como Balneário Camboriú, Itajaí e Joinville.
No transporte da droga o grupo utilizava homens e mulheres, simulando um casal, com a finalidade de dissimular o real motivo da viagem em caso de abordagens policiais ocorridas no trajeto.
As Justiça determinou o sequestro de bens móveis e imóveis, além do bloqueio de contas no valor de até 389 milhões de reais, vinculadas a 31 investigados.
A investigação contou com o apoio do Grupo de Investigações Sensíveis da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai e a deflagração teve apoio de equipes do Batalhão de Polícia de Fronteira da Polícia Militar do Paraná e do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial da Polícia Civil do Paraná.
Os envolvidos deverão responder pela prática de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e participação em Organização Criminosa. Esses crimes possuem penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 55 anos de prisão.