Jovair Arantes caiu de cabeça na investigação que identificou um esquema de fraude de registros sindicais no Ministério do Trabalho, revelado por VEJA em março.
Ao saber que a Polícia Federal incluiu no inquérito conversas dos integrantes da quadrilha no Whatsapp, o deputado se arvorou e decidiu trocar de aplicativo.
Certo de que a PF havia interceptado os diálogos virtuais, ele entrou para o Telegram, canal de bate-papo considerado mais seguro.
Jovair não sabe de nada.
A polícia só teve acesso aos segredos dos investigados porque um comparsa do parlamentar, Renato Araújo, preso durante a operação, guardava em seu e-mail as conversas do bando.
Em suma, a figura produziu provas não só contra si mesmo, mas contra seus cúmplices poderosos também.
A prudência sugere ao deputado abandonar o Telegram ou mudar as práticas.