No esforço para romper com a resistência dos empregados a seu estilo mais liberalizante, Pedro Parente partiu para o corpo a corpo na Petrobras.
Ou quase isso. Nesta semana, deu pinta ele mesmo na rede social interna dos empregados, onde funcionários costumam comentar as notícias a respeito da estatal.
Em um dos inúmeros posts, um funcionário da área de engenharia questionou, em tom de inconformismo, como o projeto que tira a obrigatoriedade de a Petrobras investir pelo menos 30% nos campos do pré-sal poderia atender aos interesses da companhia.
Para a surpresa de todos, duas horas depois a resposta, pública, veio do próprio presidente:
“Prezado, terei o maior prazer em lhe explicar
Em primeiro lugar, porque a nova cláusula permite fazer tudo que a antiga determinava. Antes, o que era obrigação vira um direito nosso. Se quisermos – e pudermos –, podemos manter a participação de 30% em todos os campos, porque teremos direito de preferência assegurado por lei. Assim, a primeira razão é que é muito melhor o direito de escolher do que a obrigação de fazer.
Em segundo lugar, porque a empresa, como todos sabemos, passa por um momento de grande dificuldade financeira, e assim não temos dinheiro para participar em todos os campos. Se a obrigação fosse mantida, simplesmente pararia a exploração do pré-sal.
E, finalmente, mas também muito importante: como no nome diz, o direito de preferência nos dá o direito de escolher somente os melhores campos, e não investir naqueles que consideramos, com base na excelente tecnologia que desenvolvemos, que não vale a pena.
Um abraço,
Pedro”