O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) está longe de ter sossego no caso das rachadinhas: novos torpedos vindos do Ministério Público deverão atingi-lo.
A denúncia de 290 páginas apresentada à Justiça no mês passado não põe fim à ofensiva do MP contra o Zero Um. Os promotores ressaltam na peça que as investigações seguem ao menos em duas frentes.
Uma delas mira em eventuais crimes de lavagem de dinheiro praticados por Flávio e por seu sócio na loja de chocolates, Alexandre Santini, nas transações que envolveram a aquisição e operação da franquia Kopenhagen.
A outra frente é a de obstrução de Justiça. Ao longo das investigações, os promotores obtiveram mensagens que, para eles, comprovam a adulteração de registro de ponto da ex-assessora Luiza Paes. Ela foi a primeira a admitir a existência da rachadinha no gabinete de Flávio. E tem mais.
Embora não citem na denúncia, os promotores também não concluíram a parte da investigação sobre os ex-assessores que moram em Resende, o que pode render novas acusações contra Flávio.