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Oposição terá de abandonar Lula se quiser fazer sombra a Bolsonaro

Resistência do líder petista em ser mais um na frente democrática contra o discurso autoritário bolsonarista virou dilema

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jun 2020, 15h23 - Publicado em 5 jun 2020, 15h23
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  • Depois de um ano e seis meses de escalada autoritária no governo Jair Bolsonaro, a oposição decidiu se organizar para buscar uma unidade de discurso contra as pregações radicais do bolsonarismo.

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    A tentativa de montar uma frente democrática, que ironia, esbarrou na outra face do bolsonarismo, o lulismo. Diante da contrariedade de Lula em ser mais um no esforço de todos os integrantes da oposição contra o ataque bolsonarista aos poderes e à democracia, o movimento passou os últimos dias tentando resolver divisões internas.

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    O atrito provocado por Lula é só mais uma parte da tragédia petista no chamado campo progressista. Enquanto a candidatura presidencial de Jair Bolsonaro era considerada uma piada “até pela minha mulher”, como ele mesmo admitiu em março, num discurso nos Estados Unidos, a oposição perdeu-se nas questões pessoais do lulismo.

    Os pensadores do campo progressistas perderam tempo precioso primeiro tentando livrar Lula do avanço da Operação Lava-Jato, que descobriu o gigantesco esquema de corrupção montado pelo petista e seus sócios do PMDB e PP na Petrobras.

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    Semanas foram gastas minimizando a ação dos corruptos, passando a mão na cabeça de Lula até que o petista foi preso. Inaugurou-se então outro longo período em que boa parte do campo de esquerda viveu o transe do Lula livre. O ano de 2018 chegou sem que as forças agora oposicionistas tivessem conseguido mostrar algum plano de país aos brasileiros.

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    O que tinham para oferecer era o Lula livre, o choro sobre o impeachment de Dilma Rousseff, uma vida inteira de passado, como se o futuro do país pudesse ser reescrito lembrando-se das coisas boas dos primeiros mandatos de Lula — o que foi feito por Fernando Haddad na campanha.

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    A oposição, refém do Lulismo, deixou o país em segundo plano e os brasileiros, enquanto o bolsonarismo crescia embalado pelo discurso fácil — “tem que mudar isso daí” — e pela ignorância dos que escolheram confiar em Bolsonaro, mesmo sem conhecer sua obra.

    O discurso contra a corrupção foi entregue pelo campo progressista aos bolsonaristas, que avançaram no antipetismo e deu no que deu. Petistas mais moderados, ensaiaram uma aliança com outros atores, como Ciro Gomes (PDT), nomes surgiram dentro do próprio partido, mas o lulismo fechou todas as saídas.

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    Depois de um ano e meio de letargia, a oposição resolveu se reorganizar em defesa da democracia, mas essa escolha implica em romper com seu sequestrador histórico. Enquanto a oposição estiver amarrada a Lula, Bolsonaro nadará de braçada.

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