Os senadores Jean Paul Prates (PT-RN) e Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e os deputados Alessandro Molon (PSB-RJ), Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP) apresentaram, nesta quarta-feira (31), novo pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.
Os parlamentares — líderes da Oposição e da Minoria no Senado, Câmara e Congresso—fundamentam o pedido de impeachment na tentativa de Bolsonaro de usar as Forças Armadas para promover seu projeto autoritário de poder, o que configura crime de responsabilidade.
“A utilização das Forças Armadas, por meios violentos ou baseados em graves ameaças institucionais é conduta absolutamente grave. Dado o passado sombrio vivido pelas instituições democráticas brasileiras, tal conduta foi elevada ao patamar de crime de responsabilidade”, denunciam os parlamentares.
Com a troca no comando do Ministério da Defesa e das três Armas, o presidente da República “parece pretender se utilizar das autoridades sob sua supervisão imediata para praticar abuso do poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua”, alertam os signatários do pedido de impeachment.
Ameaça à democracia
O líder da Minoria no Senado, senador Jean Paul Prates, ressalta a prática reiterada de Bolsonaro de criação de turbulência e ameaça à ordem democrática a cada vez se sente confrontado com o cenário de catástrofe provocado por seu governo — quase 320 mil mortes na pandemia e 14 milhões de desempregados, por exemplo.