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Odor de naftalina tira Lula do sério nos 100 dias de governo

Os primeiros três meses de gestão não foram exatamente como o petista sonhou que seriam

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 abr 2023, 15h59 - Publicado em 4 abr 2023, 06h01

Depois de subir a rampa do Planalto, Lula permitiu que seu governo gastasse uma semana em cerimônias de posse marcadas por discursos eleitorais contra Jair Bolsonaro e o desmonte da máquina. O clima festivo da posse parecia não ter fim e pouca gente demonstrava ter um plano de voo para iniciar os trabalhos no governo.

Essa percepção de ausência de planejamento na largada do governo — algo que deveria ter sido feito na transição — foi atropelada pelos eventos da segunda semana de mandato. No dia 8 de janeiro, o bolsonarismo protagonizou a invasão das sedes dos poderes em Brasília e deu de presente a Lula uma agenda positiva para tocar.

A defesa da democracia consumiu praticamente o restante dos dias de janeiro. Sem ter o que apresentar e ainda refém da disputa pelas mesas do Congresso, Lula viajou à Argentina para preencher espaços na agenda. Anunciou recursos para construir um gasoduto e até deixou circular a história da tal moeda comum.

Fevereiro chegou e Lula deparou-se então com outro problema, derivado de uma falta de cálculo da Casa Civil de Rui Costa. A onda de exonerações realizadas na esteira do 8 de janeiro deixou ministérios esvaziados e praticamente inoperantes. Se não havia gente para carregar o piano, imagine para formular novas políticas e dar tração ao governo.

Dias valiosos foram consumidos em brigas partidárias por cargos, verbas, espaços em estatais e embates improdutivos como a guerra de Lula contra o Banco Central. O Carnaval chegou e o governo caiu na folia. Lula, justiça seja feita, trabalhou. Foi até o litoral de São Paulo acompanhar a operação de socorro das vítimas das chuvas na região.

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Quando março começou, Lula tinha um governo com 37 ministérios e um banco de ideias beirando à falência. Fernando Haddad penava com o fogo amigo do ministério informal da Fazenda comandado por Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante.

Um ministro defendia rever a reforma da Previdência. Outro, a trabalhista. O ministro que não defendia nada pegou um voo da FAB e foi a um leilão de cavalos em São Paulo.

Sem qualquer lastro de realidade, as propostas eram lançadas ao vento: expulsar o Uber do país e entregar o serviço aos Correios ou criar uma bolsa passagem aérea de 200 reais. De dia perdido em dia perdido, a ministra da Cultura resolveu organizar uma roda de samba oficial para marcar a instalação do letreiro com o nome da pasta na fachada do prédio.

Sem formuladores nem grandes políticas a anunciar, Lula foi voltando ao passado: novo PAC, Minha Casa, Minha Vida, Mais Médicos, Bolsa Família… Na próxima semana, o governo vai completar 100 dias. Lula, angustiado, cobrou seus auxiliares na reunião ministerial desta segunda. Quer que o governo comece de verdade, como o Radar já havia mostrado. Tarefa dura!

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