O trabalho no cárcere do ex-auxiliar de Bolsonaro preso há três meses
Acusado de participar de trama golpista, Filipe Martins foi detido em fevereiro pela Polícia Federal
Ex-auxiliar para assuntos internacionais de Jair Bolsonaro, Filipe Martins vai completar três meses preso na próxima quarta-feira, dia 8 de maio. Investigado de participação em trama golpista, Martins foi detido pela Polícia Federal na Operação Tempus Veritatis por uma suposta tentativa de fuga do país.
No cárcere, o ex-assessor de Bolsonaro trabalha na biblioteca e chegou a solicitar à direção da penitenciária para dar aula a outros presidiários. Ele foi transferido, em 15 de fevereiro, para o Complexo Penal de Pinhais, no Paraná, onde figurões presos pela Lava-Jato ficaram detidos, inclusive o cacique petista José Dirceu.
Uma equipe do Departamento Penitenciário Nacional foi, na semana passada, inspecionar as condições de Martins em Pinhais. A segurança do ex-assessor do Planalto no presídio é uma preocupação constante de sua defesa.
“Ele é um preso de risco. Eu temo pela integridade física dele”, diz o advogado Sebastião Coelho.
Ex-desembargador, Coelho assumiu a defesa de Martins em abril. Antes, o ex-auxiliar de Bolsonaro era atendido por João Vinícius Manssur e William Janssen, que alegaram “motivos de foro íntimo” ao deixarem o caso.