O recado de França diante do dilema com o PT em SP: ‘foguete não tem ré’
Partido não quer abrir mão da candidatura de Fernando Haddad, enquanto PSB diz que é preciso 'reciprocidade' em aliança
Em meio às tratativas entre PT e PSB para a criação de uma possível federação entre partidos de esquerda e centro-esquerda, Márcio França (PSB) mandou — mais — um recado para quem duvida que seus planos de disputar o governo de São Paulo continuam de pé.
“Modo turbo na segunda-feira, porque foguete não tem ré”, publicou o ex-governador do estado.
França, que na última semana rebateu “especulações” e reafirmou sua pré-candidatura, é um dos principais entraves à formação da aliança entre os partidos, que ainda desenham quais nomes serão lançados em cada estado.
Isso, porque em São Paulo o PT não abre mão de lançar Fernando Haddad ao Palácio dos Bandeirantes, enquanto o PSB faz o mesmo com Márcio França.
A reunião entre os caciques das legendas na última semana, em Brasília, terminou sem maiores definições — as siglas decidiram que vão pedir mais tempo ao TSE para bater o martelo sobre a federação.
O presidente do PSB Carlos Siqueira deixou claro que o partido já vai apoiar candidatos petistas na Bahia, Sergipe, Piauí e Rio Grande do Norte, com “palanque a oferecer” no Maranhão e em Alagoas — e que é preciso haver uma contrapartida.
“Há que se ter reciprocidade na construção da unidade política. Vamos iniciar com o PT uma rodada de reuniões nos Estados para aprofundar o debate sobre os nomes aos governos estaduais”, disse o cacique.