Há 35 anos na vida pública, Michel Temer se consolidou na imagem do político avesso a emitir opiniões, que mente quando considera necessário (como os demais) e concorda com praticamente tudo o que ouve (como quase nenhum outro).
Por essas e outras características, o presidente hoje é candidatíssimo à reeleição, embora, obviamente, não admita nem negue suas pretensões.
Um auxiliar do núcleo duro do governo, dias atrás, tomou coragem e perguntou se veria a foto do chefe nas urnas.
O dono do capital eleitoral inferior a 3% foi ele próprio em estado bruto: “No atual cenário, não dá para pensar nisso”, esquivou-se.
Gente que conhece o presidente desde o século passado aposta que ele não pretende botar a cabeça para fora antes de junho.