Em setembro do ano passado, o Radar mostrou que o STF já começava a se articular para mudar novamente a regra do foro privilegiado no país. A constatação mais evidente, naqueles dias, era a de que o sistema atual não era seguido nem pelos próprios integrantes do tribunal, que adotavam entendimentos variados para decidir os casos que chegavam ao plenário.
Além dessa percepção de que o tribunal atuava em desalinho, a Corte viu-se sem a “força” que tinha nos tempos em que era o tribunal dos políticos, com centenas de ações contra autoridades tramitando nos gabinetes.
A ideia de retomar a discussão do foro privilegiado surgiu semanas após a CCJ do Senado ter resgatado, no ano passado, uma PEC do senador Oriovisto Guimarães, que limitava poderes do Supremo. Naqueles dias, o STF tinha menos de 50 ações contra políticos em tramitação na Corte.