Sempre atrasado para eventos no Planalto, Lula bateu recorde nesta semana ao dar um chá de cadeira de uma hora e meia em uma reunião com os mais de 200 integrantes do Conselhão.
Resultado: antes mesmo de o presidente começar a discursar, quase uma hora e meia após o início do encontro, praticamente metade das cadeiras colocadas no Salão Nobre do palácio já estavam vazias.
O próprio Lula reconheceu que não cumpriu horário e que os convidados estavam aguardando “há muito tempo”.
A reunião em si, a segunda plenária do conselho criado em maio, foi um festival de bocejos e olhadas no relógio de ministros e integrantes do grupo. Haja café!
“Eu tinha dito ao companheiro [Alexandre] Padilha [ministro das Relações Institucionais] que eu não ia fazer o uso da palavra porque eu estou com a voz muito rouca. E também porque eu estava sentado de frente e eu percebi que, pelo adiantado da hora, muita gente teve que levantar e ir embora”, comentou o presidente no início do seu pronunciamento.
“Isso quando a gente está no sindicato é um horror. Você convoca uma assembleia e, antes de você votar as coisas principais, tanta gente precisa falar que quando você vai votar as coisas principais, não está quase ninguém que estava no começo da assembleia. Aí, a gente aprendeu, Padilha, que o principal, o principal é você dar atenção e cumprir o horário. Eu sei que eu não cumpri o horário hoje, sei que vocês estavam aguardando aqui há muito tempo. Hoje foi um dia um pouco complicado, mas eu queria trazer a lição que eu aprendi hoje aqui”, acrescentou Lula, que havia participado de uma longa reunião sobre a crise causada pela Braskem em Maceió e do anúncio de investimentos de bancos públicos em Estados.