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Nos últimos dias, Jair Bolsonaro enfrentou o STF e desqualificou o julgamento da Corte que condenou Daniel Silveira por ameaçar ministros do Supremo e defender um novo golpe militar.
Bolsonaro concedeu indulto ao aliado radical e ainda fez um ato em sua homenagem no Planalto, classificado de “ato cívico” pela liberdade de expressão.
Falando a alunos de uma universidade nesta sexta, Alexandre de Moraes, o ministro mais perseguido pelos bolsonaristas nesses tempos, falou de liberdade de expressão e da ameaça que representa a desinformação ao sistema democrático. Sem citar o presidente ou seus apoiadores, o ministro deu um alerta aos que, como Silveira, defendem a volta do regime militar e o fechamento do Legislativo e do Judiciário:
“Não é possível defender a volta de um ato institucional número cinco, o AI-5, que garantia tortura de pessoas, morte de pessoas, o fechamento do Congresso, do poder Judiciário”, disse o ministro.
Ao defender o direito de seus aliados de atacar o STF e propagar discursos golpistas, Bolsonaro bate na tecla de que a liberdade de expressão acobertaria também essas condutas. Para Moraes, esse tipo de conduta nada tem a ver com liberdade de ideias.
“Liberdade de expressão não é liberdade de agressão. Democracia não é anarquia. Nós não estamos em uma selva”, diz Moraes.
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