Quando começou a negociar sua delação com a Lava-Jato, o empreiteiro Léo Pinheiro apresentou um conjunto de pelo menos 15 anexos relacionados a fraudes em obras no Rio de Janeiro. Em todas elas, a OAS abasteceu com propina os bolsos de diferentes integrantes do esquema de Sérgio Cabral.
Na primeira delação fechada com a PGR, e depois anulada por Rodrigo Janot após VEJA ter velado o conteúdo de um dos anexos, Léo Pinheiro apresentava três anexos, no meio desses 15, cujo título começava com “Sérgio Cabral”.
Até hoje o Supremo mantém em sigilo o conteúdo das revelações do ex-empreiteiro da OAS. Relator da Lava-Jato, o ministro Edson Fachin conhece o que o empreiteiro falou sobre Cabral. Sabe também o que Cabral admitiu em seu acordo. Será que a história contada por Cabral vai bater com a do ex-amigo Léo Pinheiro?