Na gestão Bolsonaro, SP e MG tiveram apagão no controle de munições
Lojas de armas de dois dos principais estados do país não informaram ao Exército munições vendidas nos últimos quatro anos
![O presidente Jair Bolsonaro durante passagem de comando do Exército - 31/03/2022 -](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/04/51974486964_5ea9fe59ae_o-1.jpg?quality=90&strip=info&w=900&h=600&crop=1)
Durante todo o governo Bolsonaro, nenhuma munição vendida nos estados de São Paulo e Minas Gerais foi informada corretamente pelas lojas ao Exército. A informação foi repassada pela própria instituição ao TCU, que faz processo de auditoria sobre o sistema de controle de armas e munições do país.
Isso quer dizer que o governo tem dados incompletos sobre quantas balas circulam pelo país e quem está atirando com elas.
Até junho deste ano, toda loja de armas e munições era obrigada a prestar contas mensalmente. São os chamados “mapas de vendas”.
Mas, segundo a instituição, o fato de estar há anos sem receber qualquer mapa de vendas em São Paulo e Minas “não significa que o Exército não tenha informações completas sobre o controle de munições comercializadas, nos estabelecimentos autorizados”.
“O comércio varejista de munições tem a obrigação legal de registrar todas as vendas no Sistema de Controle e Venda de Munições (SICOVEM), por meio do qual o Exército tem acesso a todos os dados necessários para o controle de venda de munições em âmbito nacional”, afirmou a força armada em nota.