O ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou nesta quinta-feira o afastamento do desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Siro Darlan por 180 dias. O pedido foi feito pela PGR, que na semana passada denunciou Darlan por corrupção passiva. O caso corre sob sigilo.
O ministro também autorizou uma nova coleta de provas sobre as suspeitas que envolvem o desembargador, como o envolvimento com a milícia do Rio de Janeiro. Salomão também autorizou quebra do sigilo bancário e fiscal do desembargador e outras pessoas, além do bloqueio de bens, carros e imóveis pedidos pela PGR.
“Há fortes e robustos elementos sobre a prática de crimes de corrupção e associação criminosa/organização criminosa pelo Desembargador Siro Darlan de Oliveira, por meio de venda decisões judiciais durante os plantões presididos pelo magistrado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro”, diz Salomão em um trecho da decisão que autorizou o afastamento do magistrado.
Embora tenha negado o pedido para prisão do desembargador feito pela Polícia Federal, o ministro do STJ determinou a prisão temporária domiciliar de mais quatro pessoas, incluindo o filho do desembargador, Renato Darlan, o motorista, o sócio do filho e um suspeito de envolvimento com a milícia.
No fim do ano passado, a Polícia Federal coletou provas, com autorização do ministro, de envolvimento do filho e do sócio com a milícia. O grupo também tentou envolver outros desembargadores que não sabiam do esquema.